5 Se deveras vos quereis engrandecer contra mim, e argüir-me pelo meu opróbrio,

11 Eis que ele passa por diante de mim, e não o vejo; e torna a passar perante mim, e não o sinto.

7 Essa vereda a ave de rapina a ignora, e não a viram os olhos da gralha.

16 Ou como aborto oculto, não existiria; como as crianças que não viram a luz.

35 Então falarei, e não o temerei; porque não sou assim em mim mesmo.

16 Também ele será a minha salvação; porém o hipócrita não virá perante ele.

14 O abismo diz: Não está em mim; e o mar diz: Ela não está comigo.

11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?

25 E os meus dias são mais velozes do que um correio; fugiram, e não viram o bem.

21 Desvia a tua mão para longe, de mim, e não me espante o teu terror.

10 Abominam-me, e fogem para longe de mim, e no meu rosto não se privam de cuspir.

20 Clamo a ti, porém, tu não me respondes; estou em pé, porém, para mim não atentas.

34 Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror.

16 Vede, porém, que a prosperidade não está nas mãos deles; esteja longe de mim o conselho dos ímpios!

23 Porque o castigo de Deus era para mim um assombro, e eu não podia suportar a sua grandeza.

14 Ora ele não dirigiu contra mim palavra alguma, nem lhe responderei com as vossas palavras.

19 Até quando não apartarás de mim, nem me largarás, até que engula a minha saliva?

33 Virá de ti como há de ser a recompensa, para que tu a rejeites? Faze tu, pois, e não eu, a escolha; fala logo o que sabes.

16 A minha vida abomino, pois não viveria para sempre; retira-te de mim; pois vaidade são os meus dias.

8 Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, porém não serei mais.

27 Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior.

3 Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia.

15 Se for ímpio, ai de mim! E se for justo, não levantarei a minha cabeça; farto estou da minha ignomínia; e vê qual é a minha aflição,

15 Porventura queres guardar a vereda antiga, que pisaram os homens iníquos?

16 E agora derrama-se em mim a minha alma; os dias da aflição se apoderaram de mim.

7 Sucedeu que, acabando o Senhor de falar a Jó aquelas palavras, o Senhor disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos, porque não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.

3 Mas eu falarei ao Todo-Poderoso, e quero defender-me perante Deus.

9 Ou, querer-te-á servir o boi selvagem? Ou ficará no teu curral?

8 Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.

13 Calai-vos perante mim, e falarei eu, e venha sobre mim o que vier.

17 Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos das suas coxas estão entretecidos.

13 pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem, como estranhos se apartaram de mim.

21 Compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me tocou.

10 Abrem a sua boca contra mim; com desprezo me feriram nos queixos, e contra mim se ajuntam todos.

5 Olhai para mim, e pasmai; e ponde a mão sobre a boca.

13 Seja que por vara, ou para a sua terra, ou por misericórdia as faz vir.

5 Longe de mim que eu vos justifique; até que eu expire, nunca apartarei de mim a minha integridade.

17 Tu renovas contra mim as tuas testemunhas, e multiplicas contra mim a tua ira; reveses e combate estão comigo.

4 Porque as flechas do TodoPoderoso estão em mim, cujo ardente veneno suga o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.

14 Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim.

1 Chama agora; há alguém que te responda? E para qual dos santos te virarás?

13 Para virares contra Deus o teu espírito, e deixares sair tais palavras da tua boca?

1 Eis que tudo isto viram os meus olhos, e os meus ouvidos o ouviram e entenderam.

22 Sendo plena a sua abastança, estará angustiado; toda a força da miséria virá sobre ele.

13 Está em mim a minha ajuda? Ou desamparou-me a verdadeira sabedoria?

3 Que, enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus nas minhas narinas,

38 Se a minha terra clamar contra mim, e se os seus sulcos juntamente chorarem,

20 A minha honra se renovava em mim, e o meu arco se reforçava na minha mão.

8 Testemunha disto é que já me fizeste enrugado, e a minha magreza já se levanta contra mim, e no meu rosto testifica contra mim.

20 Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?

9 Na sua ira me despedaçou, e ele me perseguiu; rangeu os seus dentes contra mim; aguça o meu adversário os seus olhos contra mim.

36 Por certo que o levaria sobre o meu ombro, sobre mim o ataria por coroa.

28 Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e vede se minto em vossa presença.

14 Vêm contra mim como por uma grande brecha, e revolvem-se entre a assolação.

18 Até os pequeninos me desprezam, e, levantando-me eu, falam contra mim.

5 Quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo, e os meus filhos em redor de mim.

30 Enegreceu-se a minha pele sobre mim, e os meus ossos estão queimados do calor.

21 Tornaste-te cruel contra mim; com a força da tua mão resistes violentamente.

2 Ouvi, vós, sábios, as minhas razões; e vós, entendidos, inclinai os ouvidos para mim.

13 Porque já agora jazeria e repousaria; dormiria, e então haveria repouso para mim.

25 Desembainhará a espada que sairá do seu corpo, e resplandecendo virá do seu fel; e haverá sobre ele assombros.

28 Na verdade, que devíeis dizer: Por que o perseguimos? Pois a raiz da acusação se acha em mim.

7 A minha alma recusa tocá-las, pois são para mim como comida repugnante.

14 Fere-me com ferimento sobre ferimento; arremete contra mim como um valente.

7 Seja como o ímpio o meu inimigo, e como o perverso o que se levantar contra mim.

5 Se podes, responde-me, põe em ordem as tuas razões diante de mim, e apresenta-te.

10 Eis que procura pretexto contra mim, e me considera como seu inimigo.

12 À direita se levantam os moços; empurram os meus pés, e preparam contra mim os seus caminhos de destruição.

18 Contudo ele encheu de bens as suas casas; mas o conselho dos ímpios esteja longe de mim.

11 E fez inflamar contra mim a sua ira, e me reputou para consigo, como a seus inimigos.

20 Os meus amigos são os que zombam de mim; os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.

26 Nunca estive tranqüilo, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.

26 Por que escreves contra mim coisas amargas e me fazes herdar as culpas da minha mocidade?

3 Eu ouvi a repreensão, que me envergonha, mas o espírito do meu entendimento responderá por mim.

15 Então um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne.

3 E sobre este tal abres os teus olhos, e a mim me fazes entrar no juízo contigo.

10 E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía.

1 O meu espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura.

12 Juntas vieram as suas tropas, e prepararam contra mim o seu caminho, e se acamparam ao redor da minha tenda.

19 Todos os homens da minha confidência me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim.

13 A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.

6 Porém a mim me pôs por um provérbio dos povos, de modo que me tornei uma abominação para eles.

19 Eis que dentro de mim sou como o mosto, sem respiradouro, prestes a arrebentar, como odres novos.

11 Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim;

10 Ninguém há tão atrevido, que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim?

1 Agora, porém, se riem de mim os de menos idade do que eu, cujos pais eu teria desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho.

13 Quem dera que me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim!

9 Se opera à esquerda, não o vejo; se se encobre à direita, não o diviso.

10 Porventura não te ensinarão eles, e não te falarão, e do seu coração não tirarão palavras?

21 Aflige à estéril que não dá à luz, e à viúva não faz bem.

22 Ri-se do temor, e não se espanta, e não torna atrás por causa da espada.

10 O seu touro gera, e não falha; pare a sua vaca, e não aborta.

11 Por que não morri eu desde a madre? E em saindo do ventre, não expirei?

13 Para que não digais: Achamos a sabedoria; Deus o derrubou, e não homem algum.

29 Porventura não perguntastes aos que passam pelo caminho, e não conheceis os seus sinais,

8 Eis que se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo.

4 Ou não vê ele os meus caminhos, e não conta todos os meus passos?

20 Se os seus lombos não me abençoaram, se ele não se aquentava com as peles dos meus cordeiros,

10 Porventura não me vazaste como leite, e como queijo não me coalhaste?

24 Se eu ria para eles, não o criam, e a luz do meu rosto não faziam abater;