16 Por estas coisas eu ando chorando; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão assolados, porque prevaleceu o inimigo.

6 E da filha de Sião já se foi toda a sua formosura; os seus príncipes ficaram sendo como corços que não acham pasto e caminham sem força adiante do perseguidor.

15 Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam as suas cabeças sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam: perfeita em formosura, gozo de toda a terra?

18 Espiaram os nossos passos, de maneira que não podíamos andar pelas nossas ruas; está chegado o nosso fim, estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim.

2 Ele me guiou e me fez andar em trevas e não na luz.

4 Armou o seu arco como inimigo, firmou a sua destra como adversário, e matou tudo o que era formoso à vista; derramou a sua indignação como fogo na tenda da filha de Sião.

3 Deveras fez virar e revirar a sua mão contra mim o dia todo.

12 Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que o Senhor me afligiu, no dia do furor da sua ira.

15 Desviai-vos, imundos! gritavam-lhes; desviai-vos, desviai-vos, não toqueis! quando fugiram e também andaram errantes, dizia-se entre os gentios: Nunca mais morarão aqui.

2 Devorou o Senhor todas as moradas de Jacó, e não se apiedou; derrubou no seu furor as fortalezas da filha de Judá, e abateu-as até à terra; profanou o reino e os seus príncipes.

1 Eu sou aquele homem que viu a aflição pela vara do seu furor.

40 Esquadrinhemos os nossos caminhos, e provemo-los, e voltemos para o Senhor.

9 Fechou os meus caminhos com pedras lavradas, fez tortuosas as minhas veredas.

11 Desviou os meus caminhos, e fez-me em pedaços; deixou-me assolado.

4 A língua do que mama fica pegada pela sede ao seu paladar; os meninos pedem pão, e ninguém lho reparte.

11 Deu o Senhor cumprimento ao seu furor; derramou o ardor da sua ira, e acendeu fogo em Sião, que consumiu os seus fundamentos.

13 Que testemunho te trarei? A quem te compararei, ó filha de Jerusalém? A quem te assemelharei, para te consolar, ó virgem filha de Sião? Porque grande como o mar é a tua quebradura; quem te sarará?

6 Porque maior é a iniqüidade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, a qual foi subvertida como num momento, sem que mãos lhe tocassem.

8 Mas agora escureceu-se o seu aspecto mais do que o negrume; não são conhecidos nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se como um pau.

11 Todo o seu povo anda suspirando, buscando o pão; deram as suas coisas mais preciosas a troco de mantimento para restaurarem a alma; vê, Senhor, e contempla, que sou desprezível.

21 Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz; o cálice passará também para ti; embebedar-te-ás, e te descobrirás.

10 Estendeu o adversário a sua mão a todas as coisas mais preciosas dela; pois ela viu entrar no seu santuário os gentios, acerca dos quais mandaste que não entrassem na tua congregação.

7 Lembra-se Jerusalém, nos dias da sua aflição e dos seus exílios, de todas as suas mais queridas coisas, que tivera desde os tempos antigos; quando caía o seu povo na mão do adversário, e não havia quem a socorresse; os adversários a viram, e fizeram escárnio da sua ruína.

4 Os caminhos de Sião pranteiam, porque não há quem venha à festa solene; todas as suas portas estão desoladas; os seus sacerdotes suspiram; as suas virgens estão tristes, e ela mesma tem amargura.

36 Subverter ao homem no seu pleito, não o veria o Senhor?

12 Armou o seu arco, e me pôs como alvo à flecha.

10 As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo.

7 Rejeitou o Senhor o seu altar, detestou o seu santuário; entregou na mão do inimigo os muros dos seus palácios; deram gritos na casa do Senhor, como em dia de festa solene.

3 Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos; mas a filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto.

33 Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens.

48 Torrentes de água derramaram os meus olhos, por causa da destruição da filha do meu povo.

51 Os meus olhos entristecem a minha alma, por causa de todas as filhas da minha cidade.

22 O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de Sião; ele nunca mais te levará para o cativeiro; ele visitará a tua maldade, ó filha de Edom, descobrirá os teus pecados.

2 Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!

18 Justo é o Senhor, pois me rebelei contra o seu mandamento; ouvi, pois, todos os povos, e vede a minha dor; as minhas virgens e os meus jovens foram levados para o cativeiro.

9 A sua imundícia está nas suas saias; nunca se lembrou do seu fim; por isso foi pasmosamente abatida, não tem consolador; vê, Senhor, a minha aflição, porque o inimigo se tem engrandecido.

5 Tornou-se o Senhor como inimigo; devorou a Israel, devorou a todos os seus palácios, destruiu as suas fortalezas; e multiplicou na filha de Judá a lamentação e a tristeza.

6 E arrancou o seu tabernáculo com violência, como se fosse o de uma horta; destruiu o lugar da sua congregação; o Senhor, em Sião, pôs em esquecimento a festa solene e o sábado, e na indignação da sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote.

9 As suas portas caíram por terra; ele destruiu e quebrou os seus ferrolhos; o seu rei e os seus príncipes estão entre os gentios, onde não há lei, nem os seus profetas acham visão alguma do Senhor.

10 Estão sentados na terra, silenciosos os anciãos da filha de Sião; lançam pó sobre as suas cabeças, cingiram sacos; as virgens de Jerusalém abaixam as suas cabeças até à terra.

1 Como cobriu o Senhor de nuvens na sua ira a filha de Sião! Derrubou do céu à terra a glória de Israel, e não se lembrou do escabelo de seus pés, no dia da sua ira.

8 Intentou o Senhor destruir o muro da filha de Sião; estendeu o cordel sobre ele, não retirou a sua mão destruidora; fez gemer o antemuro e o muro; estão eles juntamente enfraquecidos.

15 O Senhor atropelou todos os meus poderosos no meio de mim; convocou contra mim uma assembléia, para esmagar os meus jovens; o Senhor pisou como num lagar a virgem filha de Judá.

18 O coração deles clamou ao Senhor: Ó muralha da filha de Sião, corram as tuas lágrimas como um ribeiro, de dia e de noite; não te dês descanso, nem parem as meninas de teus olhos.

11 Já se consumiram os meus olhos com lágrimas, turbadas estão as minhas entranhas, o meu fígado se derramou pela terra por causa do quebrantamento da filha do meu povo; pois desfalecem o menino e a criança de peito pelas ruas da cidade.

20 Por que te esquecerias de nós para sempre? Por que nos desampararias por tanto tempo?

25 Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.

7 Os seus nobres eram mais puros do que a neve, mais brancos do que o leite, mais vermelhos de corpo do que os rubis, e mais polidos do que a safira.

30 Dê a sua face ao que o fere; farte-se de afronta.

5 Os que comiam comidas finas agora desfalecem nas ruas; os que se criaram em carmesim abraçam monturos.

50 Até que o Senhor atente e veja desde os céus.

44 Cobriste-te de nuvens, para que não passe a nossa oração.

18 Pelo monte de Sião, que está assolado, andam as raposas.

17 Fez o Senhor o que intentou; cumpriu a sua palavra, que ordenou desde os dias da antiguidade; derrubou, e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa, exaltou o poder dos teus adversários.

8 Servos dominam sobre nós; ninguém há que nos livre da sua mão.

59 Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga a minha causa.

1 Lembra-te, SENHOR, do que nos tem sucedido; considera, e olha o nosso opróbrio.

52 Como ave me caçam os que, sem causa, são meus inimigos.

57 Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas.

39 De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.

6 Assentou-me em lugares tenebrosos, como os que estavam mortos há muito.

37 Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?

21 Ouviram que eu suspiro, mas não tenho quem me console; todos os meus inimigos que souberam do meu mal folgam, porque tu o fizeste; mas, em trazendo tu o dia que apregoaste, serão como eu.

32 Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias.

1 Como está sentada solitária aquela cidade, antes tão populosa! Tornou-se como viúva, a que era grande entre as nações! A que era princesa entre as províncias, tornou-se tributária!

62 Os lábios dos que se levantam contra mim e os seus desígnios me são contrários todo o dia.

13 Foi por causa dos pecados dos profetas, das maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela.

17 Estende Sião as suas mãos, não há quem a console; mandou o Senhor acerca de Jacó que lhe fossem inimigos os que estão em redor dele; Jerusalém é entre eles como uma mulher imunda.

19 Os nossos perseguidores foram mais ligeiros do que as águias dos céus; sobre os montes nos perseguiram, no deserto nos armaram ciladas.

9 Os mortos à espada foram mais ditosos do que os mortos à fome; porque estes morreram lentamente, por falta dos frutos dos campos.

17 Os nossos olhos desfaleciam, esperando o nosso vão socorro; olhávamos atentamente para uma nação que não nos podia livrar.

14 Vagueiam como cegos nas ruas, andam contaminados de sangue; de tal sorte que ninguém pode tocar nas suas roupas.

12 Não creram os reis da terra, nem todos os moradores do mundo, que entrasse o adversário e o inimigo pelas portas de Jerusalém.

8 Jerusalém gravemente pecou, por isso se fez errante; todos os que a honravam, a desprezaram, porque viram a sua nudez; ela também suspira e volta para trás.

3 No furor da sua ira cortou toda a força de Israel; retirou para trás a sua destra de diante do inimigo; e ardeu contra Jacó, como labareda de fogo que consome em redor.

20 Vê, ó Senhor, e considera a quem fizeste assim! Hão de comer as mulheres o fruto de si mesmas, as crianças que trazem nos braços? Ou matar-se-á no santuário do Senhor o sacerdote e o profeta?

16 Todos os teus inimigos abrem as suas bocas contra ti, assobiam, e rangem os dentes; dizem: Devoramo-la; certamente este é o dia que esperávamos; achamo-lo, vimo-lo.

22 Convocaste os meus temores em redor como num dia de solenidade; não houve no dia da ira do Senhor quem escapasse, ou ficasse; aqueles que eu trouxe nas mãos e sustentei, o meu inimigo os consumiu.

19 Levanta-te, clama de noite no princípio das vigias; derrama o teu coração como águas diante da presença do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas.