Temei a Deus!

Temer a Deus não significa, necessariamente, compreendê-lo como um ser do qual se deve ter medo. O temor do Senhor é o cuidado reverente para com o Deus soberano, que pode todas as coisas e que, ao mesmo tempo em que é amoroso, benigno, compassivo, paciente e longânimo, também é justo e reto. Ele não tem o culpado por inocente e trará todos os pecadores ao juízo iminente e inevitável (Naum 1:2,3).

Embora a vingança pertença ao Senhor, Ele é infinitamente misericordioso, tardio em se irar, e concede ao culpado todas as oportunidades que a sua paciência suporta, com o objetivo de conduzi-lo ao arrependimento. Todos devem temer a Deus; contudo, apenas o pecador deve temer as consequências do seu pecado. Por isso, sem demora, deve arrepender-se e confessar a sua condição, aceitando o convite de Cristo Jesus para servi-lo em espírito e em verdade, fazendo a sua vontade, que é sempre boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2).

Temer a Deus não significa viver inquieto ou constrangido, como se a qualquer momento Ele fosse se levantar para nos fazer algum mal. Deus é bom e não deseja o mal de ninguém. Entretanto, o temor do Senhor deve funcionar como um “despertador”, que nos liberta do sono da indolência e de uma vida espiritual descuidada, concedendo-nos a disposição necessária para nos voltarmos para Ele e corrigirmos o nosso caminho (Apocalipse 14:7).

Se temos paz com Deus, por meio de Cristo Jesus, devemos temê-lo pela ação do seu Espírito Santo, que, dia após dia, nos convence de que somos pecadores e de que precisamos perseverar na fidelidade, na obediência e na reverência a Ele (Apocalipse 14:12).

Deus lhe abençoe!

“O Senhor é tanto um Deus de amor como um Deus de juízo. Há cento e dezesseis passagens na Bíblia em que somos exortados a ‘temer ao Senhor’. Com que autoridade eliminamos essas referências ao descrevermos para nossos filhos quem é Deus?” (Dr. James Clayton “Jim” Dobson Jr.)

ORE: Deus soberano, põe em nós o temor reverente a ti, para que lutemos contra a nossa natureza pecaminosa e façamos o que te agrada. Amém.

Concupiscência, o nosso inimigo íntimo!

A vida cristã é marcada por batalhas constantes. Enfrentamos o mundo, o pecado, as forças espirituais do mal e os opositores do Evangelho. Mas talvez a batalha mais difícil seja aquela travada dentro de nós: a luta contra as nossas próprias concupiscências.

A concupiscência é um desejo descontrolado que toma conta da mente e escraviza os impulsos, levando-nos a uma busca desenfreada por prazeres que alimentam a carne e nos afastam de Deus. Estes desejos geram vícios que dominam a vontade e tornam impossível resistir ao pecado por força própria. A Bíblia alerta que, sem Deus, a concupiscência nos arrasta para o pecado, e o pecado, quando consumado, nos conduz à morte espiritual (Romanos 1:24; Tiago 1:15).

Essa batalha interna é intensa, pois a concupiscência age em três frentes principais: a cobiça dos olhos, os desejos da carne e a soberba da vida (1 João 2:16). Somente pelo poder do Espírito Santo conseguimos resistir. Andar em Espírito nos capacita a dizer "não" à carne e a crucificar nossa velha natureza (Gálatas 5:16; Colossenses 3:5).

A vitória sobre a concupiscência não é alcançada pela força humana, mas pela intervenção divina. É Deus quem nos dá a força para vencer esse inimigo íntimo e nos oferece a recompensa eterna. Crucificar os desejos da carne é um processo contínuo que exige arrependimento, renúncia e dependência diária do Espírito Santo.

Deus lhe abençoe!

“A evidência de que um dia você recebeu a salvação é que continua se arrependendo.” (Paul Washer)

ORE: “Deus Misericordioso, fortalece-nos pela tua Palavra e pelo teu Espírito Santo para vencermos os desejos carnais que nos afastam de ti. Ensina-nos a dizer ‘não’ ao pecado e a andar em santidade. Amém!

O arrependimento transforma derrotados em vitoriosos!

Não há no ser humano nada que comova mais o coração de Deus do que o arrependimento sincero. O mesmo Deus que declara que a alma que pecar, essa morrerá, é também aquele que convida todos a irem a Ele e a se colocarem diante da sua justiça. Pois todos os que se arrependem da sua condição pecaminosa têm os seus pecados apagados, a ponto de se tornarem brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como a escarlata, tornar-se-ão como a lã branca; ainda que sejam como o carmesim, serão purificados (Isaías 1:18).

Ao longo de toda a História, Deus tem demonstrado o quanto sempre esteve disposto a receber pecadores que se arrependem verdadeiramente e decidem lutar contra a sua natureza caída, buscando viver uma vida santa e agradável a Ele. O Senhor sempre acolheu os esforços, ainda que imperfeitos, daqueles que o buscam com sinceridade e desejam fazer a sua vontade. Ele jamais fechou os seus ouvidos para não ouvir o clamor dos que o buscam, nem encolheu o seu braço para deixar de salvar os que clamam por Ele.

Deus é misericordioso, paciente, longânimo, benigno, amoroso e bom. Ele levanta homens e mulheres ao longo das gerações, capacitando-os com os seus dons, para anunciar o Evangelho de salvação e vida eterna, proclamando o seu amor a todas as pessoas, de todos os povos, línguas, raças e nações. O seu amor se estende do Oriente ao Ocidente e alcança a todos, pois Ele não faz acepção de pessoas (Atos 10:34,40).

Deus lhe abençoe!

“Arrependimento significa sair da estrada errada da vida e passar para a estrada certa com Jesus. Significa afastar-se do pecado e voltar-se para Deus.” (Hope MacDonald)

ORE: Deus misericordioso, o teu Espírito Santo nos tem convencido do pecado, da tua justiça e do juízo que há de vir. Arrependemo-nos e nos voltamos para ti. Recebe-nos, Senhor. Amém.