Limpeza profunda

Deus tem profundo interesse na nossa limpeza moral e espiritual. Ele é absolutamente puro, totalmente santo, e nos chama a refletir essa pureza no modo como vivemos. Embora sejamos pecadores, não faz sentido anunciar um Deus santo sem buscar santidade, nem servir ao Deus puro sem desejar viver purificados. A pureza é, portanto, marca essencial da vida cristã. Mas, por ainda lutarmos contra a nossa natureza pecaminosa, essa busca exige esforço, vigilância e resistência ao inimigo (Tiago 4:7).

Isaías compara essa purificação a uma lavagem, não de corpo, mas de coração, mente e atitudes. Deus não busca apenas mudanças externas, mas uma transformação interna que abandone a prática do mal. O profeta chama o povo a aprender o bem: se ainda não sabem fazer o que é certo, aprendam! Não há desculpa diante de Deus para quem insiste no caminho da maldade; ou escolhem o bem, ou colhem as consequências de rejeitá-lo (Gálatas 6:9).

Outro aspecto dessa “lavagem” é a prática da justiça. Caminhar em retidão é condição para quem se considera filho de Deus. Isso inclui amar o próximo, socorrer quem sofre, amparar os desamparados e cuidar dos que não têm apoio familiar, social ou espiritual. Essas atitudes revelam quem realmente experimentou a nova vida em Cristo (Efésios 4:32).

Cuidar uns dos outros não se limita a suprir necessidades materiais ou oferecer gestos momentâneos de carinho. Significa também viver de modo santo, oferecendo um testemunho que inspire confiança, mostrando que nossa fé não é apenas palavra, é vida. Quem anda em pureza reflete o Deus que serve, em espírito e verdade (João 4:23,24).

Deus lhe abençoe!

“Deus ama tanto a pureza que prefere ver um buraco na roupa de Seus filhos a enxergar uma mancha.” — William Gurnall.

ORE: Deus Santo, limpa-nos de toda impureza. Faz-nos santos como Tu és santo, e puros como puro Tu és. Amém.

De onde vem a melhor resposta?

O texto é claro por si só, mas nos convida a refletir: em um tempo em que tantas pessoas mergulham em planos, projetos, ideias novas e tendências, temos realmente colocado a nossa confiança no Senhor? Temos buscado o Todo-Poderoso em oração antes de tomar decisões importantes? Temos esperado nEle até que a resposta certa chegue ao nosso coração?

Vivemos em uma sociedade imediatista, marcada pela pressa constante. É a cultura do “tudo para ontem”: mensagens, compromissos, notificações, pensamentos acelerados, ansiedade e doenças emocionais. Nesse ritmo exausto, precisamos nos perguntar: o que temos feito para proteger nossa mente e nosso coração?

Uma garça que pousa rapidamente em um lamaçal não manchará suas penas brancas. Mas, se permanecer ali por muito tempo, em algum momento será atingida por respingos inevitáveis. Assim somos nós no mundo: expostos diariamente a influências, preocupações e inquietações. Se não fortalecermos nossa fé, nos dedicarmos à oração e nutrirmos a alma com a Palavra, mais cedo ou mais tarde os pesos ao nosso redor recairão sobre nós (Salmos 42:11).

Podemos, e devemos, sonhar, planejar e trabalhar. Projetos fazem parte da inteligência e da criatividade que Deus nos deu. Mas nossa confiança precisa estar nEle, porque é do Senhor que vem a resposta certa, sábia e segura para o caminho que devemos trilhar. Esperar em Deus não é perda de tempo; é o investimento mais seguro que existe.

Deus lhe abençoe!

“Faça planos, projete, imagine, sonhe! Foi para isso que Deus te deu a inteligência. Confie em Deus, espere nele, busque-o, tenha paciência. Foi para isso que ele te deu a Fé.” — Aureliano Jr.

ORE: Deus soberano, ensina-nos a confiar e a esperar em ti. Não permitas que decidamos apenas segundo nossos próprios planos, mas segundo a tua resposta. Amém.

A prática da mansidão e o controle da ira

Dentre todos os desafios da vida cristã, um dos mais intensos e difíceis é o controle da língua. Embora a fala seja uma faculdade e não um instinto, temos grande dificuldade em dominar o impulso de dizer coisas sem avaliar suas consequências sobre pessoas, situações e até sobre nós mesmos. Somos facilmente dominados pela ira, e o nosso coração é rapidamente alcançado por sentimentos ruins, como mágoa, rancor e ódio. Parece não haver em nós uma capacidade natural de nos defender desses ataques aos nossos sentimentos (Gálatas 5:19,21).

As Escrituras afirmam que a temperança, ou domínio próprio, é fruto do Espírito. Isso significa que apenas pela ação do Espírito Santo conseguimos controlar nossos impulsos e atitudes intempestivas, recebendo d’Ele a capacidade de refrear a língua e aquietar o coração. Quando estamos cheios do Espírito Santo, o próprio Espírito se encarrega de conduzir o nosso temperamento (Efésios 5:18).

A Palavra também nos orienta a responder com mansidão quando formos questionados sobre a razão da nossa esperança (1 Pedro 3:15). Esse princípio se estende a todas as áreas da nossa vida, pois Jesus nos ensinou a perdoar os ofensores, amar os inimigos, oferecer a outra face quando feridos e caminhar mais um pouco com aquele que exige um percurso forçado (Lucas 6:29,31).

A prática da mansidão e o controle da língua nos elevam à condição de sábios. Passamos a ser reconhecidos como pessoas nas quais Deus habita, e nos tornamos referência quando conflitos surgem, porque somos vistos como bem-aventurados, pacificadores (Mateus 5:9).

Por mais tensa que seja a situação pela qual passemos, devemos guardar a língua e controlar o impulso de dizer palavras duras, que em nada contribuirão para a paz.

Deus lhe abençoe!

“O mundo tornou-se perigoso porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de dominar a si mesmos.” — Albert Schweitzer

ORE: Pai de misericórdias, ensina-nos a dominar os impulsos do nosso coração e a pressa da nossa língua. Dá-nos domínio próprio. Amém.