1 Manassés tinha apenas doze anos quando começou a reinar. Vinte e cinto anos durou o seu reinado, com sede em Jerusalém.

2 Mas foi um mau rei. Encorajou o povo a adorar os ídolos das nações pagãs que o Senhor destruíra quando o povo de Israel tomou posse da terra. Tornou a construir os altares pagãos que o seu pai, Ezequias, tinha abatido -os altares em honra de Baal, os nichos nos bosques, altares aos astros. Chegou mesmo a levantar altares nos próprios pátios do templo do Senhor para adorar os astros no lugar mesmo em que o Senhor dissera que deveria ser honrado para sempre. Foi ao ponto de sacrificar seus próprios filhos no fogo, em holocausto, no vale de Hinom. Praticou o espiritismo, fazendo consultas a médiuns, a bruxas e a feiticeiros, encorajando toda a espécie de maldades, atraindo assim a ira do Senhor.

7 Foi a tal ponto da sua baixeza, que mandou colocar uma imagem esculpida de um ídolo no templo mesmo de Deus, no próprio local em que o Senhor tinha dito a David e a Salomão, seu filho: Serei honrado aqui neste templo em Jerusalém - a cidade que escolhi entre as outras todas de Israel, para que nela o meu nome seja respeitado para sempre. Se obedecerem aos meus mandamentos -a todas as leis e instruções que vos comuniquei através de Moisés- nunca mais deixarei partir Israel desta terra que dei aos seus antepassados. r

9 Pois Manassés, muito pelo contrário, encorajou a população de Judá e de Jerusalém a praticar ainda mais maldades do que as nações que o Senhor tinha destruído quando Israel tomou a terra.

10 Avisos repetidos foram desprezados, tanto pelo próprio Manassés como pelo povo.

11 Por essa razão o Senhor enviou os exércitos da Assíria, que pegaram nele com ganchos, como para os animais selvagens, o amarraram com cadeias e o levaram para Babilónia.

12 Aí, finalmente, a sua consciência despertou na angústia, humilhou-se sinceramente perante o Deus dos seus pais, orando e pedindo-lhe socorro. O Senhor respondeu à sua súplica! Tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. Manassés reconheceu enfim que o Senhor era realmente o Deus verdadeiro!

14 Foi depois disto tudo que ele fez reconstruir o muro exterior da cidade de David, assim como a muralha desde o ocidente da fonte de Giom, no vale de Cedron, até à porta do Peixe, e rodeando a citadela da Colina, onde a muralha se elevava aliás a grande altura. Pôs guarnições militares comandadas por oficiais escolhidos em todas as cidades fortificadas de Judá. Também retirou os ídolos estrangeiros das colinas, e a imagem que fora colocada no templo; derrubou os altares que tinha levantado na própria elevação onde se erguia o templo de Deus, assim como os altares que havia por toda a parte em Jerusalém, fazendo disso tudo um montão de lixo fora da cidade. Depois, reconstruiu o altar do Senhor, ofereceu sacrifícios sobre ele - sacrifícios de paz e de louvor - e pediu que o povo de Judá adorasse o Senhor Deus de Israel.

17 Contudo o povo continuou sacrificando sobre as colinas, embora os sacrifícios fossem oferecidos ao Senhor Deus.

18 O resto dos actos de Manassés, a oração que fez a Deus, e a resposta que Deus lhe deu através dos profetas - tudo isto está escrito nos Anais dos Reis de Israel.

19 A sua oração e a forma como o Senhor lhe respondeu, assim como um relato circunstanciado dos seus erros e dos seus pecados, incluindo a lista dos locais -as colinas e os bosques- onde colocou ídolos e imagens genravadas, tudo isto antes de se ter humilhado perante o Senhor, tudo está relatado nos Anais dos Profetas.

20 Quando Manassés faleceu foi enterrado no terreno do seu próprio palácio.

24 O seu filho Amom reinou em seu lugar; tinha a idade de vinte e dois anos. O trono manteve-se em Jerusalém. Mas apenas reinou dois anos, e fez o que era mal aos olhos do Senhor, à semelhança dos primeiros tempos do seu pai Manassés; porque fez sacrifícios aos ídolos todos, tal como o seu pai. Mas o pior é que não se arrependeu como ele, antes foi agravando multiplicadamente o seu pecado. Acabou assassinado pelos seus próprios colaboradores no seu palácio.

25 Houve contudo uns quantos cidadãos que resolveram fazer justiça por suas mãos, matando os que o tinham assassinado e declarando Josias, seu filho, rei da nação.