1 E, quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou, então, Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:

2 Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos.

3 E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor os há de mister; e logo os enviará.

4 Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz:

5 Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, manso, e assentado sobre uma jumenta, e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.

6 E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara,

7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima.

8 E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho.

9 E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!

10 E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?

11 E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia.

12 E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;

13 E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.

14 E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e curou-os.

15 Vendo, então, os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se,

16 E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?

17 E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite.

18 E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome;

19 E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão somente folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti, para sempre. E a figueira secou imediatamente.

20 E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira?

21 Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita-te no mar, assim será feito;

22 E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis.

23 E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os principais sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal autoridade?

24 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço isto.

25 O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes?

26 E, se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.

27 E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.

28 Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

29 Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

30 E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.

32 Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

33 Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.

34 E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.

35 E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro.

36 Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo.

37 E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.

38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança.

39 E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.

40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?

41 Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe deem os frutos.

42 Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça da esquina; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?

43 Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.

44 E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.

45 E os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles;

46 E, pretendendo prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta.

1 Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos,

2 dizendo-lhes: "Vão ao povoado que está adiante de vocês; logo encontrarão uma jumenta amarrada, com um jumentinho ao lado. Desamarrem-nos e tragam-nos para mim.

3 Se alguém lhes perguntar algo, digam-lhe que o Senhor precisa deles e logo os enviará de volta".

4 Isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta:

5 "Digam à cidade de Sião: ‘Eis que o seu rei vem a você, humilde e montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta’ ".

6 Os discípulos foram e fizeram o que Jesus tinha ordenado.

7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho, colocaram sobre eles os seus mantos, e sobre estes Jesus montou.

8 Uma grande multidão estendeu seus mantos pelo caminho, outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho.

9 A multidão que ia adiante dele e os que o seguiam gritavam: "Hosana ao Filho de Davi! " "Bendito é o que vem em nome do Senhor! " "Hosana nas alturas! "

10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada e perguntava: "Quem é este? "

11 A multidão respondia: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia".

12 Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas,

13 e lhes disse: "Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões’".

14 Os cegos e os mancos aproximaram-se dele no templo, e ele os curou.

15 Mas quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: "Hosana ao Filho de Davi", ficaram indignados,

16 e lhe perguntaram: "Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo? " Respondeu Jesus: "Sim, vocês nunca leram: ‘dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor’? "

17 E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde passou a noite.

18 De manhã cedo, quando voltava para a cidade, Jesus teve fome.

19 Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser folhas. Então lhe disse: "Nunca mais dê frutos! " Imediatamente a árvore secou.

20 Ao verem isso, os discípulos ficaram espantados e perguntaram: "Como a figueira secou tão depressa? "

21 Jesus respondeu: "Eu lhes asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e assim será feito.

22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão".

23 Jesus entrou no templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se dele os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos do povo e perguntaram: "Com que autoridade estás fazendo estas coisas? E quem te deu tal autoridade? "

24 Respondeu Jesus: "Eu também lhes farei uma pergunta. Se vocês me responderem, eu lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas.

25 De onde era o batismo de João? Do céu ou dos homens? " Eles discutiam entre si, dizendo: "Se dissermos: ‘do céu’, ele perguntará: ‘Então por que vocês não creram nele? ’

26 Mas se dissermos: ‘dos homens’ — temos medo do povo, pois todos consideram João um profeta".

27 Eles responderam a Jesus: "Não sabemos". E ele lhes disse: "Tampouco lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas".

28 "O que acham? Havia um homem que tinha dois filhos. Chegando ao primeiro, disse: ‘Filho, vá trabalhar hoje na vinha’.

29 "E este respondeu: ‘Não quero! ’ Mas depois mudou de idéia e foi.

30 "O pai chegou ao outro filho e disse a mesma coisa. Ele respondeu: ‘Sim, senhor! ’ Mas não foi.

31 "Qual dos dois fez a vontade do pai? " "O primeiro", responderam eles. Jesus lhes disse: "Digo-lhes a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus.

32 Porque João veio para lhes mostrar o caminho da justiça, e vocês não creram nele, mas os publicanos e as prostitutas creram. E, mesmo depois de verem isso, vocês não se arrependeram nem creram nele".

33 "Ouçam outra parábola: Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha. Colocou uma cerca ao redor dela, cavou um tanque para prensar as uvas e construiu uma torre. Depois arrendou a vinha a alguns lavradores e foi fazer uma viagem.

34 Aproximando-se a época da colheita, enviou seus servos aos lavradores, para receber os frutos que lhe pertenciam.

35 "Os lavradores agarraram seus servos; a um espancaram, a outro mataram e apedrejaram o terceiro.

36 Então enviou-lhes outros servos em maior número, e os lavradores os trataram da mesma forma.

37 Por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: ‘A meu filho respeitarão’.

38 "Mas quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro. Venham, vamos matá-lo e tomar a sua herança’.

39 Assim eles o agarraram, lançaram-no para fora da vinha e o mataram.

40 "Portanto, quando vier o dono da vinha, o que fará àqueles lavradores? "

41 Responderam eles: "Matará de modo horrível esses perversos e arrendará a vinha a outros lavradores, que lhe dêem a sua parte no tempo da colheita".

42 Jesus lhes disse: "Vocês nunca leram nas Escrituras? ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós’.

43 "Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino.

44 Aquele que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó".

45 Quando os chefes dos sacerdotes e os fariseus ouviram as parábolas de Jesus, compreenderam que ele falava a respeito deles.

46 E procuravam um meio de prendê-lo; mas tinham medo das multidões, pois elas o consideravam profeta.

Jesus entra em Jerusalém

1 Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2 dizendo-lhes:

— Vão até a aldeia que está diante de vocês e logo encontrarão presa uma jumenta e, com ela, um jumentinho. Desprendam e tragam para mim. 3 E, se alguém disser alguma coisa, respondam: "O Senhor precisa deles." E logo ele deixará que vocês tragam os animais.

4 Ora, isto aconteceu para se cumprir o que foi dito por meio do profeta:

5 "Digam à filha de Sião:

Eis que o seu Rei vem até você,

humilde, montado em jumenta,

e num jumentinho,

cria de animal de carga."

6 Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes havia ordenado, 7 trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então puseram em cima deles as suas capas, e sobre elas Jesus montou. 8 E a maior parte da multidão estendeu as suas capas no caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pelo caminho. 9 E as multidões, tanto as que iam adiante dele como as que o seguiam, clamavam:

"Hosana ao Filho de Davi!

Bendito o que vem

em nome do Senhor!

Hosana nas maiores alturas!"

10 E, quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou. E perguntavam:

— Quem é este?

11 E as multidões respondiam:

— Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia!

A purificação do templo

12 Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. 13 E disse-lhes:

— Está escrito: "A minha casa será chamada ‘Casa de Oração’." Mas vocês estão fazendo dela um covil de salteadores.

14 Cegos e coxos se aproximaram de Jesus, no templo, e ele os curou. 15 Mas, quando os principais sacerdotes e os escribas viram as maravilhas que Jesus fazia e as crianças que gritavam no templo: "Hosana ao Filho de Davi!", ficaram indignados e perguntaram a Jesus:

16 — Você está ouvindo o que estão dizendo?

Jesus respondeu:

— Sim! Vocês nunca leram: "Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste o perfeito louvor"?

17 E, deixando-os, saiu da cidade e foi para Betânia, onde passou a noite.

A figueira sem fruto

18 Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, Jesus teve fome. 19 E, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas não encontrou nada, a não ser folhas. Então Jesus disse à figueira:

— Nunca mais nasça fruto de você!

E a figueira secou imediatamente. 20 Quando os discípulos viram isso, ficaram admirados e disseram:

— Como a figueira secou depressa!

21 Ao que Jesus lhes disse:

— Em verdade lhes digo que, se tiverem fé e não duvidarem, não somente farão o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se disserem a este monte: "Levante-se e jogue-se no mar", assim será feito. 22 E tudo o que pedirem em oração, crendo, vocês receberão.

A autoridade de Jesus

23 Jesus entrou no templo e, quando já estava ensinando, os principais sacerdotes e os anciãos do povo se aproximaram dele e perguntaram:

— Com que autoridade você faz estas coisas? E quem lhe deu esta autoridade?

24 Jesus respondeu:

— Eu também vou fazer uma pergunta a vocês. Se me responderem, também eu lhes direi com que autoridade faço estas coisas. 25 De onde era o batismo de João: do céu ou dos homens?

E eles discutiam entre si:

— Se dissermos: "Do céu", ele nos dirá: "Então por que não acreditaram nele?" 26 Mas, se dissermos: "Dos homens", é de temer o povo. Porque todos consideram João um profeta.

27 Então responderam a Jesus:

— Não sabemos.

E ele, por sua vez, lhes disse:

— Então eu também não lhes digo com que autoridade faço estas coisas.

A parábola dos dois filhos

28 — O que vocês acham? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: "Filho, vá hoje trabalhar na vinha." 29 Ele respondeu: "Não quero ir." Mas depois, arrependido, foi. 30 Dirigindo-se ao outro filho, o pai disse a mesma coisa. Ele respondeu: "Sim, senhor." Mas não foi. 31 Qual dos dois fez a vontade do pai?

Eles responderam:

— O primeiro.

Então Jesus disse:

— Em verdade lhes digo que os publicanos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus primeiro que vocês. 32 Porque João veio até vocês no caminho da justiça, e vocês não acreditaram nele; no entanto, os publicanos e as prostitutas acreditaram. Vocês, porém, mesmo vendo isso, não se arrependeram depois para acreditar nele.

A parábola dos lavradores maus

33 — Escutem outra parábola. Havia um homem, dono de terras, que plantou uma vinha. Pôs uma cerca em volta dela, construiu nela um lagar, edificou uma torre e arrendou a vinha a uns lavradores. Depois, ausentou-se do país. 34 Quando chegou o tempo da colheita, o dono da vinha mandou os seus servos aos lavradores, para receber os frutos que cabiam a ele. 35 Mas os lavradores, agarrando os servos, espancaram um, mataram outro e apedrejaram ainda outro. 36 O dono enviou ainda outros servos em maior número; e os lavradores fizeram a mesma coisa com eles. 37 Por último, o dono da vinha enviou-lhes o seu próprio filho, pensando: "O meu filho eles respeitarão." 38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram uns aos outros: "Este é o herdeiro; venham, vamos matá-lo e ficar com a herança dele para nós." 39 E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e o mataram. 40 Quando, pois, vier o dono da vinha, que fará àqueles lavradores?

41 Eles responderam:

— Fará perecer horrivelmente aqueles malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe entregarão os frutos no tempo certo.

42 Então Jesus perguntou:

— Vocês nunca leram nas Escrituras:

"A pedra que os construtores

rejeitaram,

essa veio a ser a pedra angular.

Isto procede do Senhor

e é maravilhoso

aos nossos olhos"?

43 — Portanto, eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos. 44 Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.

45 Os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas parábolas, entenderam que Jesus falava a respeito deles; 46 e, embora quisessem prendê-lo, tinham medo das multidões, porque estas o consideravam como profeta.

A entrada de Jesus em Jerusalém

1 Quando já se aproximavam de Jerusalém, Jesus e seus discípulos chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Jesus enviou na frente dois discípulos. 2 "Vão àquele povoado adiante", disse ele. "Assim que entrarem, verão uma jumenta amarrada, com seu jumentinho ao lado. Desamarrem os animais e tragam-nos para mim. 3 Se alguém lhes perguntar o que estão fazendo, digam apenas: ‘O Senhor precisa deles’, e de imediato a pessoa deixará que vocês os levem."

4 Isso aconteceu para cumprir o que foi dito por meio do profeta:

5 "Digam ao povo de Sião:

‘Vejam, seu Rei se aproxima.

Ele é humilde e vem montado num jumento,

num jumentinho, cria de jumenta’".

6 Os dois discípulos fizeram como Jesus havia ordenado. 7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram seus mantos sobre o jumentinho, e Jesus montou nele.

8 Grande parte da multidão estendeu seus mantos ao longo do caminho diante de Jesus, e outros cortaram ramos das árvores e os espalharam pelo chão. 9 E as pessoas, tanto as que iam à frente como as que o seguiam, gritavam:

"Hosana, Filho de Davi!

Bendito é o que vem em nome do Senhor!

Hosana no mais alto céu!".

10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade estava em grande alvoroço. "Quem é este?", perguntavam.

11 A multidão respondia: "É Jesus, o profeta de Nazaré, da Galileia".

Jesus purifica o templo

12 Então Jesus entrou no templo e começou a expulsar todos que ali estavam comprando e vendendo animais para os sacrifícios. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, 13 dizendo: "As Escrituras declaram: ‘Meu templo será chamado casa de oração’, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões!".

14 Os cegos e os coxos vieram a Jesus no templo, e ele os curou. 15 Quando os principais sacerdotes e mestres da lei viram esses milagres maravilhosos e ouviram até as crianças no templo gritar "Hosana, Filho de Davi", ficaram indignados. 16 "Está ouvindo o que as crianças estão dizendo?", perguntaram a Jesus.

"Sim", respondeu ele. "Vocês nunca leram as Escrituras? Elas dizem: ‘Ensinaste crianças e bebês a te dar louvor’." 17 Então ele voltou a Betânia, onde passou a noite.

Jesus amaldiçoa a figueira

18 De manhã, enquanto voltava para Jerusalém, Jesus teve fome. 19 Encontrando uma figueira à beira do caminho, foi ver se havia figos, mas só encontrou folhas. Então, disse à figueira: "Nunca mais dê frutos!". E, no mesmo instante, a figueira secou.

20 Quando os discípulos viram isso, ficaram admirados e perguntaram: "Como a figueira secou tão depressa?".

21 Jesus respondeu: "Eu lhes digo a verdade: se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer o mesmo que fiz com esta figueira, e muito mais. Poderão até dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e isso acontecerá. 22 Se crerem, receberão qualquer coisa que pedirem em oração".

A autoridade de Jesus é questionada

23 Quando Jesus voltou ao templo e começou a ensinar, os principais sacerdotes e líderes do povo vieram até ele e perguntaram: "Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu esse direito?".

24 Jesus respondeu: "Eu lhes direi com que autoridade faço essas coisas se vocês responderem a uma pergunta: 25 A autoridade de João para batizar vinha do céu ou era apenas humana?".

Eles discutiram a questão entre si: "Se dissermos que vinha do céu, ele perguntará por que não cremos em João. 26 Mas, se dissermos que era apenas humana, seremos atacados pela multidão, pois todos pensam que João era profeta". 27 Por fim, responderam a Jesus: "Não sabemos".

E Jesus replicou: "Então eu também não direi com que autoridade faço essas coisas."

A parábola dos dois filhos

28 "O que acham disto? Um homem que tinha dois filhos disse ao mais velho: ‘Filho, vá trabalhar no vinhedo hoje’. 29 O filho respondeu: ‘Não vou’, mas depois mudou de ideia e foi. 30 Então o pai disse ao outro filho: ‘Vá você’, e ele respondeu: ‘Sim senhor, eu vou’, mas não foi.

31 "Qual dos dois obedeceu ao pai?"

Eles responderam: "O primeiro".

Então Jesus explicou: "Eu lhes digo a verdade: cobradores de impostos e prostitutas entrarão no reino de Deus antes de vocês. 32 Pois João veio e mostrou o caminho da justiça, mas vocês não creram nele, enquanto cobradores de impostos e prostitutas creram. E, mesmo depois de verem isso, vocês se recusaram a mudar de ideia e crer nele."

A parábola dos lavradores maus

33 "Agora, ouçam outra parábola. O dono de uma propriedade plantou um vinhedo. Construiu uma cerca ao redor, um tanque de prensar e uma torre para o guarda. Depois, arrendou o vinhedo a alguns lavradores e partiu para um lugar distante. 34 No tempo da colheita da uva, enviou seus servos a fim de receber sua parte da colheita. 35 Os lavradores agarraram os servos, espancaram um deles, mataram outro e apedrejaram o terceiro. 36 Então o dono da propriedade enviou um grupo maior de servos para receber a parte dele, mas o resultado foi o mesmo.

37 "Por fim, o dono enviou seu filho, pois pensou: ‘Certamente respeitarão meu filho’.

38 "No entanto, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: ‘Aí vem o herdeiro da propriedade. Vamos matá-lo e tomar posse desta terra!’. 39 Então o agarraram, o arrastaram para fora do vinhedo e o mataram.

40 "Quando o dono da terra voltar, o que vocês acham que ele fará com aqueles lavradores?", perguntou Jesus.

41 Os líderes religiosos responderam: "Ele os matará cruelmente e arrendará o vinhedo para outros, que lhe darão sua parte depois de cada colheita".

42 Então Jesus disse: "Vocês nunca leram nas Escrituras:

‘A pedra que os construtores rejeitaram

se tornou a pedra angular.

Isso é obra do Senhor

e é maravilhosa de ver’?

43 Eu lhes digo que o reino de Deus lhes será tirado e entregue a um povo que produzirá os devidos frutos. 44 Quem tropeçar nesta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó".

45 Quando os principais sacerdotes e fariseus ouviram essa parábola, perceberam que eles eram os lavradores maus a que Jesus se referia. 46 Queriam prendê-lo, mas tinham medo das multidões, pois elas o consideravam um profeta.