O Deus que guarda a aliança

A oração de Neemias é uma poderosa manifestação de fé e arrependimento. O reino de Judá estava cativo na Babilônia, agora sob o domínio persa, e Neemias, um judeu fiel, servia como copeiro do rei Artaxerxes. Após muitos anos longe de sua terra, ele recebeu a visita de seu irmão Hanani, que lhe trouxe notícias tristes sobre o estado deplorável de Jerusalém e do povo que ali permanecera.

Ao ouvir essas palavras, Neemias se entristeceu profundamente. Ele chorou, jejuou e buscou a presença de Deus em oração. Em suas palavras, fez menção de algo que toca o coração do Altíssimo: a Sua fidelidade (Deuteronômio 7:9).

Neemias lembrou-se da aliança que Deus havia estabelecido com Seu povo, o juramento feito a Abraão de torná-lo grande e numeroso como as estrelas do céu. Ele reconheceu que as dores do povo eram consequência da desobediência e do pecado, e, em humildade, confessou a Deus não apenas as falhas de Israel, mas também as suas e as de sua família. E o Senhor o ouviu, porque Deus é fiel para guardar e cumprir a aliança que faz com aqueles que Lhe pertencem (Salmos 105:7-9).

Em resposta à sua oração, Deus abriu caminhos. Neemias recebeu permissão do rei e todos os recursos necessários para voltar a Jerusalém e reconstruir os muros da cidade, iniciando um tempo de restauração e esperança para o povo de Deus. Tudo isso aconteceu porque o Senhor vela pela Sua Palavra para cumpri-la, e honra as alianças que estabelece com os Seus filhos.

Da mesma forma, nós também somos participantes de uma nova e eterna aliança, estabelecida por meio de Cristo Jesus. Pela fé, herdamos a promessa feita a Abraão e nos tornamos filhos da aliança, destinados à vida eterna.

Em Cristo, Deus reafirma diariamente Sua fidelidade sobre nós (Hebreus 8:6,7).

Deus lhe abençoe!

“Deus perpetua a sua aliança. Ele é totalmente digno da nossa confiança.” — Aureliano Jr.

ORE: Deus Confiável, dá paz ao nosso coração e fortalece a nossa fé, para que nunca duvidemos da Tua aliança conosco. Amém!

A Benignidade de Deus

Em todas as vezes que o povo de Deus falhou, Ele permaneceu fiel. Mesmo diante da rebeldia e da infidelidade, o Senhor não os abandonou. Israel era um povo de dura cerviz, resistente, teimoso e inclinado à idolatria. E ainda assim, Deus os amou. Ele manteve a promessa feita a Abraão, garantindo que deles nasceria uma grande nação (Gênesis 15:5).

Não havia em Israel virtude que justificasse tanto amor. Eles falharam em guardar os mandamentos, se desviaram da aliança e buscaram deuses falsos. Contudo, Deus não os tratou conforme mereciam. A essência do Seu caráter é bondade. A benignidade de Deus é a expressão mais pura de Sua misericórdia, Ele se inclina para cuidar, proteger e restaurar, mesmo quando somos infiéis (Salmos 25:6,7).

O povo, agora de volta do cativeiro, experimentava mais uma vez essa graça imerecida. Depois de décadas distantes da sua terra, Deus lhes devolveu a vida, o lar e o altar. Foi Ele quem moveu corações de reis pagãos para favorecer o Seu povo. Essa é a benignidade divina em ação: o amor que não desiste, mesmo diante da ingratidão humana.

Assim também acontece conosco. Falhamos, desobedecemos e, muitas vezes, ferimos o coração de Deus. Mas quando o arrependimento é sincero, Ele nos perdoa, nos restaura e nos abraça com a mesma ternura com que acolheu Israel. A benignidade do Senhor é eterna e é por causa dela que ainda estamos de pé (Salmos 86:5).

Deus lhe abençoe!

“Deus é bom, e sempre pende para o lado do bem; mesmo quando, aos nossos olhos, as coisas nos parecem más, Ele continua sendo benigno.” (Anônimo)

ORE: Deus Benigno, ensina-nos a agir com bondade como Tu ages. Que o Teu amor nos molde e a Tua graça nos mantenha firmes no caminho do bem. Amém.

A força da palavra do Senhor Deus

Ciro, rei da Pérsia, estava apenas no primeiro ano do seu reinado quando o Senhor despertou o seu espírito para cumprir um propósito divino. Deus o moveu de forma irresistível, conduzindo-o a liberar o povo de Israel para retornar a Jerusalém e reconstruir o templo. Aquilo não nasceu de uma decisão política ou estratégica, foi o cumprimento exato da Palavra de Deus anunciada pelo profeta Jeremias (Jeremias 25:12-16).

As palavras do Senhor jamais voltam vazias. Elas têm peso eterno, propósito definido e tempo certo para se cumprir. Durante décadas, Israel viveu sob o domínio de reis estrangeiros, como Nabucodonosor, Nabonido, Belsazar, Dario, Assuero e Artaxerxes, até que o tempo determinado por Deus chegou, e Ciro foi o instrumento escolhido para restaurar o povo e a terra prometida (Isaías 45:1).

Essa história revela a força inabalável da Palavra de Deus. O que Ele diz, acontece. O que Ele promete, se cumpre. Nenhuma circunstância humana, império ou poder terreno é capaz de impedir o agir divino. A fidelidade de Deus é o selo que confirma cada promessa.

A maior prova desse poder está nas profecias sobre o Messias. Tudo o que Deus declarou acerca de Cristo se cumpriu perfeitamente em Jesus e ainda continua se cumprindo na vida daqueles que creem. Por isso, podemos descansar na certeza de que cada palavra de Deus é viva, eficaz e carregada de propósito.

Deus lhe abençoe!

“As palavras ditas por Deus têm o selo da Sua justiça, a força da Sua misericórdia e o poder da Sua graça. Elas sempre se cumprem, e nada se pode fazer quanto a isso, senão se submeter ao Seu soberano desígnio.” (Aureliano Jr.)

ORE: Deus Poderoso, a Tua Palavra é firme, fiel e verdadeira. É nela que encontramos segurança, direção e esperança. Que cada promessa Tua se cumpra em nós, segundo a Tua vontade. Amém.