O chamado de Deus

As primeiras palavras de Paulo aos Coríntios revelam uma importante característica da graça de Deus. Paulo estava escrevendo a uma igreja que apresentava graves problemas de ordem moral, social, ética, espiritual e doutrinária. Entretanto, ele começa com animadoras palavras, elencando muitas virtudes que seria inimaginável pensar que existissem naquela igreja, se ele mesmo não tivesse falado delas. A igreja de Corinto mais parecia um barril de pólvora, prestes a explodir em crise a qualquer momento! Mas Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, conseguiu enxergar nela valores que só têm uma explicação: a graça de Deus (1 Pedro 4:10)!

O grande segredo para compreender o aparente paradoxo de uma igreja com tantos problemas ser identificada também com tantas virtudes é: eles foram chamados pelo Deus que é fiel para confirmar o chamado. Mesmo que isso lhes custe dor e sofrimento no processo de correção, o Deus a quem serviam é competente para aperfeiçoá-los e santificá-los (1 Tessalonicenses 5:23,24).

O chamado de Deus é forte para nos constranger a reconhecer nossa condição errante e buscar nele o perdão, a conversão e a santificação. Deus é consciente da nossa incapacidade de produzir, por nossos próprios méritos, as condições necessárias para agradá-lo. Por isso, ele mesmo, fielmente, garante o sucesso daqueles que são chamados, dando-lhes a graça do aperfeiçoamento em Cristo Jesus (2 Coríntios 12:9).

O método de Deus para trazer os seus chamados ao aperfeiçoamento é claro: primeiro, ele chama; depois, ele corrige. Esse processo pode parecer simples à primeira vista, mas demanda um processo de libertação que pode ser doloroso, se o filho de Deus não corresponder com obediência (João 8:32).

O mais sensato é obedecer a Deus e rejeitar em nós tudo o que seja contrário à sua vontade.

Deus lhe abençoe!

“A conversão não é um processo suave e fácil como algumas pessoas imaginam; se assim fosse, o coração do homem jamais teria sido comparado a um solo não cultivado, e a Palavra de Deus, a um arado.” (John Bunyan).

ORE: Senhor, converta-nos e aperfeiçoe-nos! Queremos te agradar em tudo. Amém.

Igreja perfeita?

O início da carta de Paulo aos Coríntios revela uma igreja detentora de grandes virtudes: eles eram santificados, santos, receberam a graça de Deus, foram enriquecidos na palavra e no conhecimento, receberam todos os dons, e foi prevista a sua confirmação como irrepreensíveis. Ler uma exposição dessa acerca do caráter de uma igreja poderia nos levar a concluir enfaticamente que estamos, enfim, diante de uma igreja perfeita! A igreja de Corinto tinha qualidades demais para se cogitar que tivesse algum defeito. A saudação de Paulo era forte demais para se imaginar que haveria espaço, no restante da carta, para conter alguma crítica!

Entretanto, quando lemos o desenrolar da carta, nos surpreendemos com a sucessão de problemas que se avolumavam na igreja de Corinto e que necessitavam de imediata solução: havia mexericos, dissensões, divisões e favoritismos; havia promiscuidade sexual, escândalos e desordem. Contudo, havia uma igreja sedenta pela solução desses problemas, para que a semente do evangelho pudesse, enfim, render frutos.

A igreja não é lugar de pessoas sem defeitos. Ela é feita de pecadores que descobriram que, em Cristo Jesus, há solução para eles! (Leia 1 Coríntios).

Deus lhe abençoe!

"Esta vida não foi feita para ser o lugar de nossa perfeição, mas de nossa preparação para ela." (Richard Baxter)

ORE: Deus amado, temos defeitos e limitações. Pedimos-te que nos aperfeiçoe pela tua Palavra, para que, apesar da nossa debilidade, possamos ser recebidos por ti. Amém.

O único Deus!

Na carta que Paulo escreveu aos Romanos, ele encerra o texto com uma belíssima doxologia, exaltando as virtudes do único Deus verdadeiro, apresentado pelas Escrituras Sagradas: Ele é citado como poderoso, existente desde os tempos eternos, que se manifestou voluntariamente, mas já vinha sendo anunciado pelos Escritos Sagrados e pelos profetas. Ele se manifestou para que todas as nações aprendam a obedecer-lhe pela fé (Oséias 6:3).

Ele é declarado como o único Deus portador de sabedoria. Por esse motivo, por meio de Cristo Jesus, a Ele pertence toda a glória, por toda a eternidade. Ele não é apenas um personagem adorado por um conjunto de ideias e ideais religiosos; não faz parte de um panteão de deuses inventados pela imaginação humana, com histórias mirabolantes norteando sua pseudoexistência. Ele é o DEUS VERDADEIRO, o único capaz de se revelar à sua criação (Efésios 1:4-10).

Ele se comunica conosco, ouvindo as nossas orações e atendendo aos nossos clamores, suprindo as nossas necessidades e cuidando de nós em todos os detalhes da nossa vida. Ele nos revela a sua vontade por meio da sua Palavra e nos capacita a cumpri-la, pois sabe das nossas limitações e debilidades (Salmos 8:1-9).

Deus não é apenas único; Ele é exclusivo! Nada deve ocupar o seu lugar em nossa vida. Nós fomos criados para o louvor da sua glória e devemos nos ocupar prioritariamente com o seu louvor, adoração e serviço. Ainda que tenhamos outras prioridades, Ele deve ser a nossa principal atenção.

Deus lhe abençoe!

"Há mais restauradora alegria em cinco minutos de adoração do que em cinco noites de folia." (Aiden Wilson Tozer)

ORE: Senhor, nosso Deus, nós declaramos a nossa fé em ti e reconhecemos que tu és o único digno da nossa adoração e do nosso louvor. Queremos te servir de todo o nosso coração, por todos os dias da nossa vida. Amém.