Crucificado para o mundo

Há uma razão clara para o mundo rejeitar Cristo Jesus: a ideia de que foi ele, o mundo, quem crucificou um inocente é pesada demais para ser admitida em um ambiente marcado por orgulho, soberba e irreconciliação. Por isso, para que alguém do mundo venha a Cristo, é necessário arrependimento, uma ruptura com essa postura irreconciliável (Mateus 3:2).

Fomos crucificados com Cristo. Ao crermos nele e o confessarmos como Salvador e Senhor, assumimos essa condição: estamos com ele na cruz. Por isso, cada dia devemos tomar a nossa cruz e segui-lo. Isso significa declarar ao mundo, sem reservas, que nos submetemos à mesma entrega de Cristo: somos crucificados. E o mundo nos odeia por isso (João 15:18).

Mas há uma boa notícia: se o mundo nos odeia, Deus nos ama; se o mundo nos rejeita, Deus nos acolhe; se o mundo não nos quer, Deus já nos recebeu para si. E a luz de Cristo, que resplandece em nós, gera duas reações: incomoda os olhos dos que nos rejeitam e atrai o coração dos que desejam viver essa mesma fé (Mateus 15:13).

Não é fácil carregar uma cruz, e muito menos ser crucificado nela. A cruz é um instrumento de morte e ninguém que nela é pregado sobrevive. Mas houve um que venceu a cruz: ainda que ela o tenha matado, ele ressuscitou! A madeira onde foi pendurado já se deteriorou, mas ele vive e reina para sempre, trazendo em seu corpo as marcas da redenção (João 20:27).

Se Jesus venceu a maldição da cruz e foi exaltado para sempre, nós, que fomos crucificados com ele, também vencemos. E por meio dele, fomos feitos benditos eternos para a glória de Deus. Assim como ele reina, com ele também reinaremos para sempre!

Deus lhe abençoe!

“A glória que nos cabe é a da cruz, quando olhamos para ela para nos vermos pregados ali e encontramos Cristo Jesus no nosso lugar.” – Aureliano Jr.

ORE: Deus misericordioso, que a tua glória se manifeste em nós, para que Cristo seja glorificado por meio da nossa vida. Amém.

Semeadura e colheita

Esta é uma das mais infalíveis leis espirituais estabelecidas por Deus: a Lei da Semeadura e da Colheita. Assim como é impossível colher frutos diferentes da semente plantada, é igualmente impossível viver sem consequências espirituais conforme o que se semeia ao longo da vida.

Esse princípio regula não apenas a ordem da natureza, mas também os campos espiritual e moral da existência humana. Toda ação gera uma reação, e toda escolha tem um resultado inevitável. Quem semeia para a carne — para os desejos corrompidos e egoístas — colherá corrupção. Mas quem semeia no Espírito, buscando agradar a Deus, colherá a vida eterna.

Deus não se deixa escarnecer. Ou seja, não se pode enganar ou burlar os princípios divinos, nem viver de maneira leviana esperando colher frutos espirituais sem uma vida de compromisso com o Espírito. Ele é justo, reto e fiel à Sua Palavra. Cada semente lançada com as mãos ou com o coração está sendo registrada diante d’Ele (Eclesiastes 11:6).

Nem mesmo os grandes homens e mulheres da Bíblia escaparam dessa lei. Adão e Eva semearam desobediência e colheram exílio; Abraão se precipitou e gerou inimigos históricos; Judas semeou traição e colheu perdição. Por outro lado, Jesus semeou obediência e colheu a exaltação suprema: Ele se humilhou até a morte, e Deus o exaltou soberanamente (Filipenses 2:10,11,9).

Portanto, sejamos vigilantes quanto ao que temos semeado em nossos pensamentos, palavras e ações. E não nos cansemos de fazer o bem. Talvez ainda não vejamos os frutos, mas no tempo certo, colheremos, se não desistirmos.

Que as nossas sementes revelem o caráter de Cristo e glorifiquem a Deus em tudo (1 Coríntios 10:31).

“A parte que não contam da lei da semeadura, é a do machado já posto na raiz da árvore.” – Israel Lopes

ORE: Deus Justo, livra-nos de semear o que desagrada ao teu coração. Ensina-nos a plantar em teu Espírito, para que colhamos vida e não corrupção. Amém.

Comunicação com Deus

Deus é comunicativo. Ele tem prazer em se comunicar conosco e usa muitos meios para isso. A natureza é um grande exemplo (Salmos 19:1), mas Ele também fala através de pessoas, da Sua Palavra, de músicas que tocam a alma. Deus é um mestre da comunicação. Às vezes, até quando dormimos, Ele nos fala por meio de sonhos significativos (1 Reis 3).

É maravilhoso saber que o Deus Todo-Poderoso, que criou todas as coisas, tem prazer em se comunicar conosco! É reconfortante tirar momentos do dia para ouvir a voz de Deus através das diversas maneiras pelas quais Ele se comunica com quem deseja ouvi-lo!

Embora Deus use muitos meios para falar conosco, só há uma maneira de falarmos com Ele: a oração. E há muitas formas de orar: de joelhos ou em pé, cantando ou chorando, em silêncio ou em voz alta. A oração pode ser doce ou fervorosa, sussurrada ou bradada com força. Se vem do coração, move a alma e aquece o espírito, é uma oração verdadeira e poderosa. E que prazer Deus tem em nos ouvir! Ele, que conhece o nosso coração e sabe os nossos pensamentos, não desvia sua atenção (Isaías 59:1).

Os grandes heróis da fé venceram porque oraram. Jesus, mesmo sendo Deus encarnado, dedicava um tempo precioso à oração. A Igreja de Cristo é chamada a uma vida constante de oração. Desde os seus primeiros dias, a Igreja se dedicava intensamente à oração (Atos 2:42).

Orar não é uma opção, é uma necessidade. Não é uma escolha pessoal, é questão de sobrevivência. Não é uma prática sem sentido, é um momento de intimidade com o Senhor (2 Crônicas 7:14).

Num mundo agitado, nem sempre é possível estar sempre orando, mas é possível levar uma vida de oração. Orar não significa estar no templo, mas estar em Deus. Mesmo quando não podemos dobrar os joelhos, fechar os olhos ou falar algumas palavras, podemos ligar os nossos pensamentos a Deus e começar uma poderosa oração (Daniel 6:13).

Que privilégio é poder parar um pouco, independente de onde estivermos ou na condição que nos encontrarmos, e dirigir algumas palavras sinceras e verdadeiras a Deus - mesmo em sussurros ou cântico entre os dentes.

Em qualquer situação, ore! Deus está sempre disposto a responder aos que O buscam.

Deus lhe abençoe!

Aureliano Guimarães Júnior.

“Na oração, é melhor um coração sem palavras do que palavras sem coração.” - Martinho Lutero.