Intimidade com o Pai

Paulo é muito didático em seus ensinos. Ele não deixa margem para dúvidas. Neste trecho, ele faz uma bela comparação, explicando que, enquanto o herdeiro for criança, ele não estará capacitado a cuidar da própria herança. Embora tenha direito a tudo, ainda dependerá de tutores e curadores para proteger seus interesses, até que cresça e esteja preparado para defender o bem que recebeu (Lucas 2:41).

Essa comparação ajuda a entender o motivo de Deus, por um longo tempo, ter mantido o seu povo sob a Lei. Eles não tinham condições de cuidar da própria herança, ou seja, da vida eterna. Mas, com a plenitude dos tempos, ou seja, o amadurecimento da humanidade na compreensão de sua necessidade de conhecer o Deus verdadeiro, Deus enviou Jesus, em forma humana, para viver entre nós e nos apresentar o Pai (Hebreus 2:9).

Jesus nasceu de mulher, cresceu em graça e sabedoria, se submeteu à Lei e viveu sob ela. E, no tempo certo, Ele começou a revelar aos homens o verdadeiro propósito da Lei: mostrar que todos pecaram e, portanto, ficaram destituídos da glória de Deus. Contudo, a Lei, embora cumprisse esse propósito, não podia oferecer salvação para a condição pecaminosa da humanidade. A Lei foi, portanto, uma tutora, que cuidou da esperança de salvação até que Cristo Jesus viesse para revelar a plenitude dessa salvação e ser o Salvador de todos os que nele crerem (Colossenses 2:14).

Deus lhe abençoe!

“Não há nada que amoleça mais o coração de um pai do que um filho que reconhece o seu amor por ele.” (Anônimo)

ORE: Aba, Pai, assim como nós temos intimidade com os nossos pais e podemos falar com eles livremente, queremos ter intimidade contigo. Amém.

Somos Filhos de Deus

Deus congregou toda a Humanidade em Cristo Jesus. As diferenças que existem entre os homens, forjadas pelos próprios homens, se extinguem sob a égide de Cristo. Deus não faz acepção de pessoas. Isto significa que, em Cristo, não há macho nem fêmea, nem servo nem livre, nem judeu nem grego. Todos que, pela fé, são alcançados por Cristo Jesus e salvos por Ele, se tornam iguais perante Deus (Atos 10:34; Romanos 2:11).

É óbvio que as diferenças persistem no velho mundo físico. Continuamos sendo o que sempre fomos na velha natureza. Essa igualdade não diz respeito ao que nós vemos, mas ao que Deus vê. E os olhos de Deus não enxergam segundo a aparência, mas segundo o coração (1 Samuel 16:7).

É igualmente óbvio que a igualdade aqui proposta diz respeito aos flancos espirituais do Reino de Deus. Basta perceber o ensino das próprias Escrituras Sagradas para ver que existem muitas distinções que elas mesmas ensinam: maridos e mulheres, pais e filhos, crianças e adultos, etc. Isto quer dizer que a não acepção de pessoas praticada por Deus não exclui a ordem natural que as coisas devem ter na Criação (Isaías 45:18).

Entretanto, independentemente disso, Deus trata a todos com o mesmo amor, aplica sobre todos a mesma misericórdia, e oferece a todos a mesma graça. Todavia, mesmo sendo Todo-Poderoso, Ele não obriga ninguém a servi-Lo: por meio do sacrifício de Cristo Jesus, Ele abriu as portas da vida eterna a todo aquele que n'Ele crê, livrando da condenação eterna. Esse, aliás, é o maior ato de amor de Deus em relação a nós, pecadores (João 3:16).

É um grande privilégio, embora imerecido, poder ser contado entre aqueles que são chamados de filhos de Deus, e que viverão para sempre com Ele, no Seu Reino eterno (João 1:12,13)!

Deus lhe abençoe!

“O filho de Deus tornou-se homem, para possibilitar que os homens se tornem filhos de Deus.” (C. S. Lewis)

ORE: Deus Pai, nós somos teus filhos, por meio de Cristo Jesus. Ensina-nos, educa-nos e corrige-nos, para que sejamos agradáveis a Ti em todas as coisas. Amém.

Promessa Garantida

Paulo desce de sua condição de ensinador e ministro de Cristo e expõe uma importante reflexão baseada em uma comparação: se o testamento de um homem não pode ser anulado, sendo algo transitório e circunscrito à temporalidade, quanto mais o testamento firmado pelo próprio Deus Eterno a respeito de seus filhos!

Abraão foi o primeiro de uma infinidade de pessoas com quem Deus travou uma amizade eterna. Ele foi o primeiro amigo de Deus, e a sua posteridade, em Cristo, se tornou amiga do mesmo Deus de Abraão. Ora, se, por meio de Cristo Jesus, somos tão amigos de Deus como foi Abraão, é certo que as promessas feitas a Abraão recaem também sobre nós. Mesmo sendo gentios no sangue, somos filhos no Espírito, por meio de Cristo Jesus, a posteridade de Abraão (Mateus 1:1)!

Isso é, de fato, maravilhoso! Tudo o que Deus prometeu a Abraão, e foi rejeitado pelos seus descendentes segundo o sangue, foi destinado a nós, segundo o sangue de Jesus, que nos comprou. Assim, pela graça de Deus, sem merecermos, por causa da nossa pecaminosidade, e sem termos direito, por não sermos descendentes de Abraão segundo a carne, temos integral acesso às promessas feitas a ele, pelo sangue de Cristo Jesus, a sua posteridade. E não somente isto: sendo Cristo o Filho do Eterno Deus, e Deus Eterno, por meio dele também temos acesso às promessas eternas de Deus (Efésios 2:18)!

O Céu é nosso por herança! Lá já existem muitas moradas, preparadas pelo próprio Jesus, o nosso Irmão Divino, o Senhor das nossas almas. É para lá que estamos indo. E, enquanto aqui permanecermos, temos a sua divina companhia, por meio do Espírito Santo.

Deus lhe abençoe!

“Se você se apropria de uma promessa, ela não precisa ser surrupiada; você pode se apossar dela com coragem e dizer: ‘Isto é meu’.” (Charles Haddon Spurgeon)

ORE: Deus, te adoramos, porque tu velas pela tua Palavra, para cumpri-la. Pedimos-te: guarda-nos em Ti, para que desfrutemos das tuas eternas promessas a nosso respeito. Amém.