A armadura de Deus

Ao final de uma de suas mais inspiradoras epístolas, Paulo reserva espaço para encorajar os efésios a perseverarem, mesmo diante das mais intensas batalhas espirituais. Ele explica que a verdadeira guerra não é contra pessoas, mas contra forças espirituais que agem para espalhar a maldade (Efésios 6:12). Por isso, lutar contra os que se levantam contra nós é inútil e desgastante. A nossa luta deve estar concentrada no mundo invisível, onde estão os verdadeiros inimigos.

Paulo, então, descreve um conjunto de armas espirituais, comparando-as a peças de uma armadura física, para mostrar como são eficazes e indispensáveis na vida cristã. Essa armadura não é feita de aço ou de qualquer material terreno, mas de elementos espirituais poderosos, capazes de nos sustentar em cada batalha.

Cristo não nos salvou para vivermos uma festa interminável aqui na terra. A verdadeira e eterna festa já está preparada nos céus. Enquanto estivermos neste mundo, somos chamados a viver como soldados de um exército treinado e equipado para vencer as hostes espirituais da maldade. Para isso, precisamos estar revestidos da armadura que Deus preparou para nós, invisível aos olhos humanos, mas poderosa para derrotar todo intento maligno contra o Seu Reino (Isaías 54:17).

Deus lhe abençoe!

“Nenhuma armadura é eficaz se Deus não estiver na frente da batalha.” — Gih Araujo

ORE: Senhor dos Exércitos, adestra as nossas mãos para que sejamos firmes e corajosos nas batalhas espirituais. Reveste-nos com a tua armadura! Amém.

Guerra espiritual

Engana-se quem pensa que a fé cristã é envolta por uma paz intocável, sem lutas ou perturbações. Jesus afirmou que não veio trazer paz à terra, mas espada. Ele também declarou que, desde os dias de João Batista, o Reino dos Céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele (Mateus 10:34; Mateus 11:12).

Não se trata de incentivo à violência. O que Jesus ensina é que, embora seja o Príncipe da Paz, segui-lo significa entrar em confronto direto com as hostes espirituais da maldade. Temos, sim, a paz que excede todo entendimento, mas também enfrentamos uma guerra espiritual (Efésios 6:12).

As Escrituras nos alertam que ser amigo do mundo é tornar-se inimigo de Deus (Tiago 4:4). O conflito não é contra a criação, mas contra o sistema mundano que a governa. Quem serve a Deus inevitavelmente se encontra nessa batalha (Efésios 6:13).

Essa guerra, porém, não é visível: não possui fronteiras físicas nem armas humanas. Ela acontece na esfera espiritual, e muitas vezes o campo de batalha é a mente, o coração e até mesmo a alma (Romanos 12:2).

Mas Deus não apenas nos chama para lutar, Ele mesmo nos fortalece e nos reveste com armas espirituais poderosas. E, em muitas situações, tudo o que precisamos fazer é permanecer em comunhão com Ele, firmes e confiantes, enquanto o próprio Senhor peleja por nós (Êxodo 14:14).

Deus lhe abençoe!

“A paz que Jesus nos dá é a energia que ele nos provê para lutar as guerras que o seu Reino trava contra o mal.” — Aureliano Jr.

ORE: Deus Poderoso, equipa-nos com as tuas armas espirituais, para que sejamos mais que vencedores na guerra contra o mal. Amém.

Pais e filhos

Este é um tema necessário em qualquer ambiente que aborde princípios bíblicos. Este devocional não tem a pretensão, nem o espaço, de esgotar o assunto, mas quer deixar um alerta às famílias. A sociedade pós-moderna é marcada pelo individualismo e pelo distanciamento: as pessoas se relacionam cada vez menos, e as referências de amor e autoridade estão desaparecendo, sendo gradualmente substituídas por relações de muitos direitos e poucos, ou quase nenhum, deveres.

O modelo bíblico para a família está fundamentado no amor e na autoridade. A família é uma pequena sociedade, onde cada membro precisa ocupar seu lugar de forma equilibrada, para que tudo funcione conforme o ideal de Deus (Josué 24:15).

Os pais são modelos e referências para os filhos. Isso não significa que eles devam ser cópias fiéis de seus pais, mas que o comportamento dos pais servirá como base para a formação de sua personalidade e caráter. Quando os pais são desequilibrados, esse desajuste inevitavelmente afeta os filhos. Pais que não cuidam de sua postura têm grandes chances de criar filhos que reproduzam seus erros, ou, no mínimo, deixarem marcas profundas e difíceis de curar. Isso pode ser evitado, ou ao menos reduzido, quando as famílias escolhem seguir o modelo bíblico para seus relacionamentos.

Fica este devocional como conselho e advertência: pais, conduzam seus filhos a Deus! Filhos, sigam a Deus para que tenham uma vida abençoada, frutífera e vitoriosa!

Deus lhe abençoe!

“A família pós-moderna se tornou um grupo de estranhos. Dividem o mesmo espaço, respiram o mesmo ar, mas não penetram no mundo uns dos outros.” — Augusto Cury

ORE: Pai, guarda nossa família dos perigos da pós-modernidade. Dá-nos sabedoria para transformar nosso lar em um lugar onde tu tenhas prazer em habitar. Amém.