Seguindo a Verdade em amor

Jesus Cristo é a Verdade. Ele mesmo afirma que a Palavra de Deus é a Verdade. João diz que o Logos, a Palavra, que é a Verdade, que é Jesus Cristo, era Deus; esse Logos se fez carne e habitou entre nós. Portanto, devemos seguir o Logos, que é a Palavra, a Verdade, Jesus, Deus. Mas devemos segui-lo em amor, renunciando a tudo por Ele, vivendo para Ele e sendo exclusivamente dEle!

Seguir a Verdade em amor significa não abrir mão dela e defendê-la dos perigos que a rodeiam, como as falsas doutrinas e as doutrinas de demônios. Porém, devemos fazer isso sem recorrer a defesas inflamadas ou arroubos temperamentais que possam esfriar em nós o amor pelos nossos irmãos. Não podemos esquecer que não devemos ser demasiadamente justos nem demasiadamente sábios, pois assim acabaremos por nos destruir a nós mesmos. Nesse contexto, destruir a nós mesmos é ferir o nosso irmão com nossa falta de amor, já que fazemos parte do mesmo corpo em Cristo Jesus (Eclesiastes 7:16).

Não precisamos ser iracundos na defesa da Verdade. Não há por que nos encolerizarmos para defender a fé que uma vez foi dada aos santos. As iras e as pelejas são obras da carne, enquanto a mansidão é fruto do Espírito. Podemos ser zelosos pela Verdade e, ao mesmo tempo, mansos com o próximo (1 Pedro 3:15).

Sigamos a Verdade em amor! Anunciemos a Cristo Jesus com benignidade e mansidão. Demonstremos ao mundo que a paz de Deus, que excede todo o entendimento, está guardando o nosso coração e a nossa mente em Cristo Jesus (Filipenses 4:7).

Seguindo a Verdade em amor, espalhamos o amor de Deus por onde passamos. Assim, faremos com que muitos também desejem seguir essa mesma Verdade, no amor de Deus.

Deus lhe abençoe!

“Mil erros podem viver em paz uns com os outros, mas a verdade é um martelo que os quebra a todos em pedaços.” (Charles Haddon Spurgeon)

ORE: Senhor Deus, dá-nos amor pela Verdade, mas ensina-nos a praticá-la sem perder o amor pelos irmãos. Amém.

Maturidade cristã

Jesus advertiu seus discípulos a deixarem as crianças virem até Ele e afirmou que quem não se tornasse como elas não poderia entrar no Reino de Deus. Por outro lado, Paulo nos exorta a buscar a unidade da fé e o conhecimento do Filho de Deus, para que não nos comportemos como meninos inconstantes, facilmente impressionáveis por tudo o que ouvem e veem (Lucas 18:16,17).

Essas duas afirmações não se contradizem. Quando Jesus abre as portas de Seu Reino para as crianças, Ele ressalta a pureza e a sinceridade infantil, qualidades que também devem fazer parte da nossa vida cristã. Já Paulo enfatiza a credulidade infantil, que se deixa levar facilmente pelas aparências e não oferece resistência às falsas verdades e mentiras declaradas.

Cristo equipou Sua Igreja com dons espirituais para que ela cresça com sabedoria e maturidade: concedeu a uns a capacidade de interpretar e ensinar as Escrituras, a outros o dom profético para trazer advertências que mantêm os servos vigilantes contra o pecado que nos rodeia (Hebreus 12:1). Ele também chamou pessoas para anunciar o Evangelho, cuidar do rebanho e preservar a verdade bíblica. Assim, a Igreja possui tudo o que precisa para refletir a glória de Deus e viver de maneira madura.

Deus lhe abençoe!

“A maturidade cristã consiste em fazer o que é certo, mesmo quando ninguém mais está olhando” (Bill Gothard).

ORE: Senhor Deus, conduza-nos à maturidade, para que não andemos como meninos inconstantes, impressionados com tudo o que vemos e ouvimos. Amém.

A multiforme Graça de Deus

As Escrituras nos ensinam que a graça de Deus é multiforme (1 Pedro 4:10). Isso significa que ela se manifesta de diversas maneiras, por meio de dons, talentos e ministérios; e que Deus não estabeleceu, na Dispensação da Graça, um único modelo de operação. O culto no Antigo Concerto era padronizado, com regras rígidas e cerimônias pré-estabelecidas. Já no Novo Concerto, quando a Igreja se reúne, cada um pode ter um salmo, uma doutrina, uma língua, uma revelação, uma interpretação. Todas as manifestações de adoração, louvor e ensino são aceitáveis por Deus, desde que promovam a edificação do Corpo de Cristo (1 Coríntios 14:26).

Em um primeiro momento, a multiforme graça de Deus pode parecer uma licença para que andemos separados uns dos outros. Afinal, se somos diferentes em dons, talentos e ministérios, por que andaríamos juntos, correndo o risco de conflitos e discordâncias? Mas é exatamente o oposto que Deus deseja: Ele quer que estejamos unidos, suportando uns aos outros e considerando o outro superior a nós mesmos (Filipenses 2:3,4).

Ainda que na convivência cristã surjam discordâncias e conflitos, isso também faz parte do processo de Deus na unificação do seu povo. A correção, a disciplina e o debate em torno das verdades das Escrituras nos enriquecem, desenvolvendo em nós a humildade para acolher pensamentos diferentes dos nossos e despertando o zelo pela Verdade, para defendê-la daqueles que tentam corrompê-la (1 Timóteo 4:16).

Sejamos cheios da graça de Deus!

Deus lhe abençoe!

"Nada existe, a não ser a graça de Deus. Andamos sobre ela; nós a respiramos; vivemos e morremos por ela; ela forma os eixos e os encaixes do Universo” (Robert Louis Stevenson).

ORE: Deus gracioso, pedimos que a tua multiforme graça se manifeste em nós, para que frutifiquemos segundo a medida do dom de Cristo Jesus. Amém.