Lembrar de agradecer

A história de Ana é inspiradora. Ela narra o sofrimento de uma mulher amada por seu marido, mas desprezada por sua rival. Ana era estéril, enquanto Penina, sua rival, era fértil e já tinha filhos (1 Samuel 1:2).

Num contexto cultural em que a maternidade era vista como sinal de bênção, a esterilidade trazia grande dor e vergonha. Ana, então, fez um voto ao Senhor, e Deus ouviu sua oração, curando-a e concedendo-lhe um filho. No tempo certo, ela cumpriu o que prometera: entregou o menino para o serviço do Senhor. Seu nome era Samuel, o último dos juízes e o primeiro profeta reconhecido por todo Israel, usado por Deus para conduzir o povo na transição de uma nação tribal para um reino organizado (1 Samuel 3:1).

Ana não se esqueceu do que Deus havia feito por ela. Compôs um belíssimo cântico de gratidão, exaltando o Senhor por Sua bondade. Ela não murmurou por ter que abrir mão da convivência com o filho, nem reclamou por precisar cumprir o voto que fizera. Pelo contrário: adorou a Deus, reconhecendo que Ele é digno de toda glória, louvor e adoração (1 Samuel 1:26-28).

A gratidão é uma virtude nobre. Ser grato é reconhecer o bem recebido, e entender que a graça é um favor imerecido, algo que não poderíamos conquistar por mérito próprio. Agradecer é, portanto, uma forma sublime de retribuir Aquele que nos faz o bem (Colossenses 3:15).

Ser grato a Deus tem um significado profundo, pois só agradece quem reconhece o favor recebido; e só reconhece o favor quem crê que foi agraciado. A gratidão a Deus é, portanto, uma expressão genuína de fé.

Em todo tempo e em qualquer circunstância, sejamos gratos ao Senhor, pois Ele é digno de todo o nosso reconhecimento, e tudo o que faz é sempre para o nosso bem.

“Sentir gratidão e não demonstrá-la é como embrulhar um presente e não o oferecer.” — William Arthur Ward

Deus lhe abençoe!

ORE: Senhor, o nosso coração é grato por tudo o que tens feito. Não queremos jamais esquecer que Tu és o nosso Deus e sustentador. Amém.

Uma voz clamando incessantemente

Um dos pecados mais abomináveis para Deus é o assassinato de um inocente. O mandamento “Não matarás”, no Decálogo, é um solene alerta de que o Senhor não suporta a injustiça, ainda mais quando ela resulta na perda da vida de alguém que não é culpado (Êxodo 20:13).

Todas as mortes que não resultam do curso natural da vida são reprováveis diante de Deus. As Escrituras afirmam que Ele não tem prazer na morte do ímpio; e, ainda que digam que a morte do justo é preciosa aos Seus olhos, isso não significa que o Senhor se alegre ao ver um justo morrer por motivos injustos (Ezequiel 33:11).

Desde a criação, a partir de Abel, inúmeras vozes têm clamado a Deus desde a terra, vozes de inocentes que perderam a vida por causa da maldade humana. São vítimas de regimes cruéis, de guerras e genocídios; são crianças que não chegaram a nascer, pois foram abortadas por não serem desejadas; são vítimas da fome, da dor e da miséria. Toneladas de sangue clamam a Deus desde a terra, e Ele certamente julgará em favor de cada uma dessas vidas (Hebreus 11:4).

A história humana é marcada por sangue. O pecado tornou o homem violento e sedento de poder. Muitos heróis da fé foram, e ainda são, vítimas da perseguição por amarem o Evangelho de Cristo Jesus. Antes deles, profetas e justos também morreram por defenderem a verdade. Em todos os tempos e lugares, o sangue de inocentes continua clamando por justiça, e Deus a trará, seja nesta vida ou diante do Seu Justo Tribunal (Apocalipse 20:11).

Somos chamados para ser pacificadores. Não compactuamos com crimes de sangue nem nos alegramos com a morte de ninguém. A vingança pertence a Deus, e Ele a executa com justiça.

Amemos a vida, o bem mais precioso que o Senhor nos concedeu. Vivamos e deixemos viver!

Deus lhe abençoe!

“Deus tem um antigo e zeloso cuidado com o sangue dos inocentes. Foi um sangue inocente que se derramou pela nossa salvação.” (Aureliano Jr.)

ORE: Senhor, livra-nos dos crimes de sangue. Guarda-nos de fazer mal ao nosso próximo. Que sejamos propagadores da Tua vida, não da morte. Amém.

A pedra da ajuda

Desde que foi libertado do jugo de Faraó, no Egito, o povo de Deus enfrentou grandes batalhas contra inimigos que se levantavam contra ele. Moabitas, amonitas, midianitas e muitos outros povos estavam sempre à espreita, tentando tomar posse da terra prometida por Deus a Abraão. Mas nenhum povo foi tão persistente nessa inimizade quanto os filisteus. Eram inimigos declarados e faziam de tudo para destruir o povo de Deus (Gênesis 10:13,14,6).

Deus levantou Samuel como um grande juiz sobre o seu povo. Sua influência ultrapassou os limites do governo: era respeitado não apenas como juiz, mas também como profeta, um vidente com quem Deus falava pessoalmente. Isso deu a Samuel grande autoridade entre o povo (1 Samuel 7:15,16).

Diante de mais uma ameaça dos filisteus, Samuel convocou o povo ao arrependimento e à conversão. Eles ouviram a recomendação, fizeram um concerto com Deus e mudaram seus caminhos. E o Senhor, cheio de misericórdia, ouviu Samuel, perdoou o povo e lhes concedeu vitória sobre os inimigos (1 Samuel 7:13).

Em memória dessa grande vitória, Samuel ergueu uma pedra na fronteira entre Mizpá e Sem, chamando-a de “Pedra da Ajuda” (Ebenézer). Ao fazer isso, ele declarou solenemente uma expressão que ecoa na fé de todos os que confiam em Deus: “Até aqui nos ajudou o Senhor!”.

Hoje, a nossa Pedra da Ajuda é Cristo Jesus. Ele se colocou entre o velho e o novo homem, garantindo que sejamos, em tudo, mais do que vencedores. A Ele seja dada toda glória, agora e para sempre (Salmos 18:22-26; 1 Pedro 2:10,11,3-9).

Deus lhe abençoe!

“A única pedra e Rocha firmada que sustenta as colunas da Igreja, abaixo da terra, sobre a terra e acima dos céus, é JESUS, o Cristo ressurreto.” (Jefferson Monteiro)

ORE: Senhor Deus Todo-Poderoso, nas mais difíceis batalhas da vida, temos plena consciência de que Tu estás conosco. Amém.