Fazer o que Deus ordena

A obediência é apreciada por Deus naqueles que o servem. Isso fica evidente na Lei de Moisés, um código dado por Deus para regular a conduta do povo da promessa durante a peregrinação pelo deserto. Era um conjunto de regras e preceitos que abrangia praticamente todas as áreas da vida daquele povo e que deveria ser obedecido incondicionalmente. O resultado dessa obediência era a manifestação da glória de Deus entre eles (Josué 1:8).

Tudo começava com a expiação do pecado. Não há como a glória de Deus se manifestar entre um povo que não expia os próprios pecados, que não se arrepende de seus erros e que não se esforça para viver uma vida santa. Primeiro, o sacerdote precisava purificar-se do próprio pecado para, só depois, interceder pelos pecados do povo. Em resumo, era um pecador remido intercedendo por outros pecadores remidos. Isso lembrava a todos que Deus não faz acepção de pessoas e que não há favoritismos ou concessões diante da Sua Justiça. A alma que pecasse morreria, e o único meio de impedir isso era o sacrifício (Romanos 2:11).

Obedecer à Lei de Moisés não era fácil, e, em alguns momentos, o povo involuntariamente descumpria algum preceito, correndo ao sacerdote para receber o perdão de Deus.

Isso nos lembra da importância de fazermos o que Deus ordena por meio da Sua Palavra. Devemos primar pela obediência, evitando desagradar a Deus. E, se em nossa caminhada falharmos, corramos ao nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, que é poderoso para nos restaurar (Hebreus 4:14).

Deus lhe abençoe!

"À medida que chegarmos a conhecê-lo, viremos a amá-lo; à medida que o amarmos, obedeceremos a Ele. A obediência é simplesmente o conhecimento de Deus aplicado ao viver diário" (Sammy Tippit).

ORE: Senhor Deus, disciplina os nossos passos, para que Te obedeçamos em tudo! Amém.

Mantendo a chama sempre acesa

Sabemos que todas as cerimônias mosaicas, com suas liturgias e paramentos, eram ricas em simbolismos que remetem ao sacrifício de Cristo Jesus e ao relacionamento dele com a Sua igreja. Eram sombras que prefiguravam a chegada da Luz, por meio de Cristo. A cerimônia do holocausto simbolizava diretamente o sacrifício de Cristo e, por extensão, o sacrifício que cada cristão deve realizar em si mesmo, agora sem derramamento de sangue, uma vez que o sangue de Jesus já nos purificou de todo pecado (1 João 1:7).

Nesse sacrifício, um detalhe importante deve ser destacado: a chama que estava acesa sobre o altar não podia ser apagada. Não era apenas uma ordem, mas um decreto taxativo de Deus. Os sacerdotes deveriam empenhar-se em alimentar o fogo com lenha constantemente, para que a chama estivesse sempre acesa diante do povo e aos olhos do Senhor (Hebreus 12:29).

Essa chama aponta diretamente para a necessidade de mantermos sempre aceso em nós o fogo do Espírito Santo, preservando viva a nossa comunhão com Deus, sem permitir que a frieza, o cerimonialismo ou um culto litúrgico vazio dominem o nosso serviço a Ele. Não podemos descuidar a ponto de deixar que o fogo no altar do nosso coração se apague, tornando o Espírito Santo um intruso em nossa vida (Hebreus 13:10).

Deus lhe abençoe!

“Não é suficiente ter a lenha, não é suficiente ter o altar, não basta ter o sacrifício. Precisamos do fogo! Oh, fogo de Deus, desce novamente sobre nós! Faça-nos arder, Senhor! Inflama-nos totalmente!” (John Wesley)

ORE: Senhor, nós somos os teus altares, e nós somos o sacrifício vivo, santo e agradável a Ti. Acende em nós o fogo do Teu Espírito Santo! Amém.

O milagre que a fé alcança

Na iminência de receberem o livramento de Deus, e após testemunharem a Sua ação sobre o Egito com o derramamento das pragas que obrigaram o líder da nação a permitir que partissem, o povo de Deus, ainda com esses milagres frescos na memória, murmurou diante do fato de estar diante de um grande mar. Moisés praticamente teve que mandá-los calar a boca e deixar que Deus lutasse por eles. Na prática, aquele falatório descontrolado demonstrava a falta de fé daquelas pessoas (Judas 1:16).

A resposta de Deus foi surpreendente: “Por que clamas a mim?”. As Escrituras nos conclamam a orar sem cessar e a buscar ao Senhor em todo o tempo; porém, naquele momento específico, Deus praticamente indicou que não era hora de orar, mas de agir: “Dize aos filhos de Israel que marchem”. E, diante da ação ordenada a Moisés, Deus abriu o Mar Vermelho em duas partes, e o povo passou milagrosamente entre duas colossais colunas de água (Êxodo 10:13).

Mas será que era exatamente isso que deveria acontecer? Parece que não. A ordem de Deus a Moisés foi tão taxativa e direta, que o que Ele realmente pretendia, talvez, fosse que o povo continuasse marchando por cima das águas, até chegar à outra margem! Foi isso que Jesus demonstrou séculos depois, quando andou sobre as águas (Mateus 14:25-30).

Portanto, diante das impossibilidades, nunca murmure. Deus pode fazer muito mais além do que pedimos ou pensamos.

Deus lhe abençoe! "Nossa incredulidade é a única coisa que impede Deus de nos satisfazer larga e abundantemente com todas as coisas boas." (João Calvino)

ORE: Pai, livra-nos da incredulidade. Ajuda-nos a crer que tu sempre és capaz de fazer muito mais além do que pedimos ou pensamos. Amém.