Purificados e dignos das promessas de Deus

Viver as promessas de Deus não é como participar de um concurso em que a meritocracia nos daria alguma vantagem. As promessas divinas são expressões graciosas do amor e da bondade de Deus. Nenhuma delas nos é concedida por merecimento ou por termos cumprido o “dever de casa” e acumulado pontos diante dele. Ele promete e cumpre porque é bom, e a sua benignidade dura para sempre (Salmos 136).

Contudo, Deus espera de nós uma resposta de gratidão pelo que já realizou em nosso favor. Não se trata de fazermos algo para receber, mas de vivermos de modo que revele o reconhecimento pelo que recebemos. Ele se agrada quando nos purificamos de toda a imundícia que praticávamos antes de sermos alcançados pela sua graça. Recebe com prazer o nosso esforço em buscar uma vida santa e irrepreensível diante dele. É motivo de alegria para o Senhor ver seus filhos procurando agradá-lo em tudo (Colossenses 1:10).

A misericórdia e a graça de Deus caminham lado a lado com o chamado à santidade e à pureza. O Deus santo exige santidade; o Deus perfeito requer perfeição; o Deus puro demanda pureza. Ele cumpriu sua promessa ao enviar Cristo Jesus, que morreu em nosso lugar, pagando a dívida que tínhamos diante de sua justiça. E assim, a porta da vida eterna foi aberta para nós (Colossenses 2:14).

Portanto, se hoje estamos em Cristo, é porque ele foi até onde deveríamos ir e sofreu o castigo que era nosso. Esse castigo nos trouxe paz e nos garantiu vida eterna. Cabe a nós viver de modo digno dos sofrimentos que Cristo suportou em nosso favor. Ele morreu para nos livrar da morte eterna; por isso, vivamos para ele, em reconhecimento ao seu sacrifício supremo.

Deus lhe abençoe!

“Os propósitos de Deus são promessas ocultas; as promessas, seus propósitos revelados!” (Phillip Henry).

ORE: Senhor Deus, ensina-nos a viver de maneira digna das promessas que tu tens cumprido em nosso favor. Amém.

Novas criaturas em Cristo Jesus

O amor de Cristo é sobrenatural. Ele morreu por nós e fez com que morrêssemos com Ele. Mas a nossa morte em Cristo nos conduziu à vida eterna, livre da velha natureza. A partir de morrermos com Ele, recebemos nova vida, e então não vivemos mais nós, mas Cristo que vive em nós (Gálatas 2:20).

Como seres espirituais, nosso relacionamento deve estar pautado em alianças com Deus, livres de pecados como adultério, fornicação, impureza, idolatria, feitiçaria, inimizades, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e coisas semelhantes. Nossos maus costumes devem ser abandonados junto com a velha criatura, que não tem parte com Cristo, porque nasceu fadada à condenação (Romanos 3:23).

O corpo, nosso tabernáculo terreno, ainda habitado neste mundo, deve ser domado, mortificando os instintos para que seus desejos e impulsos pecaminosos sejam submetidos a Cristo, que exerce sobre eles controle pelo Espírito Santo que habita em nós (Romanos 8:11-17).

É um mistério profundo, que somente pela instrução do Espírito Santo podemos compreender: habitamos o velho corpo, mas já somos novas criaturas. Lembramos das coisas velhas, mas agora tudo se fez novo em nós (Isaías 43:19).

Deus lhe abençoe!

O projeto de Jesus ao nosso respeito não prevê a reforma de uma velha casa à beira do desabamento, construída sobre um monte de areia. Ele prevê a derrubada dessa casa e a construção de outra, nova, em lugar firme, sobre a Rocha inabalável (Aureliano Jr.).

ORE: Senhor Deus, sabemos que somos novas criaturas pela fé. Ensina-nos a viver de acordo com essa nova e eterna realidade. Amém.

Prestação de contas

A condição à qual a graça de Deus nos submeteu é a de filiação a Ele. Somos seus filhos, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. E como filhos, devemos respeito e satisfação ao nosso Pai. Não fomos libertos por Deus para viver à revelia Dele, segundo o curso da nossa vontade. A nossa filiação implica a responsabilidade de vivermos segundo a vontade de Deus, fazendo o que Lhe agrada e buscando praticar o que Lhe apraz (Salmos 143:10).

Assim como um pai, por amor, acompanha com zelo e cuidado todas as áreas da vida do seu filho, Deus igualmente está com os Seus olhos oniscientes sobre nós, sempre nos orientando, por meio do Espírito Santo, a viver em santidade e pureza. Quando Ele entende ser necessária a correção, nos admoesta sem reservas, porque nos ama. Todo pai que de fato ama o seu filho o corrige quando necessário, para que ele seja bem-sucedido em todas as coisas (Provérbios 13:24).

Sabemos, pela Palavra de Deus, que haveremos de comparecer perante o Tribunal de Cristo, o “bema”, lugar elevado. Este tribunal não é de condenação, mas de reconhecimento das obras que fizermos para Deus, associado aos galardões que Jesus nos prometeu. Devemos nos esforçar para que, quando chegarmos perante Cristo, possamos apresentar as nossas obras como motivo de glorificação a Deus (1 Coríntios 10:31).

Deus lhe abençoe!

"Nós barateamos o evangelho quando o retratamos apenas como algo que nos liberta da tristeza, do medo, da culpa e de outras necessidades pessoais, ao invés de apresentá-lo como uma força que nos liberta da ira vindoura" (John Stott).

ORE: Deus, pedimos que nos santifique e nos corrija, para que, quando formos chamados à prestação de contas, sejamos havidos por dignos de aprovação. Amém.