A glória do Reino de Cristo

As Escrituras apresentam o Reino Divino em duas expressões: Reino dos Céus, que destaca o domínio soberano do Deus eterno sobre tudo; e Reino de Deus, que enfatiza Seu governo sobre toda a criação. Na essência, ambos se referem ao mesmo Reino, o Reino messiânico em que Cristo, exaltado à direita do Pai, reinará para sempre (Isaías 9:7).

Esse Reino, que segundo as promessas está estabelecido sobre a casa de Davi por meio da humanidade de Cristo, não é limitado ao tempo, mas eterno. O mesmo Cristo que assumiu a forma humana para nos resgatar é Deus desde sempre. Por isso, Seu Reino ultrapassa os limites da terra e abrange todas as coisas criadas (Apocalipse 11:15).

Nesse Reino perfeito, todo mal será vencido. A violência e a injustiça que hoje testemunhamos cessarão completamente. A paz se tornará ambiente permanente para todos os que pertencem a Cristo, e aqueles alcançados pela graça desfrutarão da vida eterna com o Senhor. Essa é a esperança bendita destacada por Paulo: a manifestação gloriosa de Cristo e o cumprimento de nossa redenção (Tito 2:13,14).

Diante disso, não desanime. Ainda que perseguições, dores e adversidades tentem enfraquecer sua fé, permaneça firme em Cristo. Aos que perseveram, Ele garante uma morada eterna onde não haverá lágrimas, nem tristeza, nem violência, nem qualquer outra sombra de sofrimento.

Deus lhe abençoe!

“O único reino que prevalecerá neste mundo é o reino que não é deste mundo.” — Anônimo.

ORE: Deus Poderoso, teu Reino permanece para sempre. Recebe-nos como teus súditos amados e sustenta nossa esperança até o fim. Amém.

O poder regenerador da graça de Deus

Certa vez impus ao meu filho um castigo severo. Ele havia ultrapassado limites importantes, e por isso restringi sua liberdade por um dia inteiro. Permaneceu no quarto, para refletir sobre seu erro. Mas, ao meio do dia, vendo que ele me obedecera, não reclamara da disciplina e recebera a correção com humildade, fui até seu quarto, conversei com ele e o chamei para sair. Depois desse gesto, parecia que nosso amor se aprofundara ainda mais (1 Coríntios 12:31).

Ao longo da história, incontáveis vezes Deus precisou disciplinar o seu povo, por rebeldia, desobediência e muitos pecados. Mas, na mesma medida, inúmeras vezes estendeu sua mão, perdoou, cobriu com graça e restaurou a comunhão com seus filhos. Deus é infinitamente misericordioso e possui um amor impossível de medir, embora possamos experimentar sua profundidade pelo Espírito (Efésios 3:18,19).

A graça e o amor de Deus nos constrangem a permanecer fiéis. Quem experimenta verdadeira comunhão com o Senhor, ainda que caia, se levantará e correrá para os seus braços; e, ainda que peque, se arrependerá e buscará perdão. A graça divina é suficientemente poderosa para nos alcançar, por mais degradante que seja a nossa condição e por mais grave que seja o pecado. E, uma vez alcançados, o próprio Deus nos convida a dialogar com Ele, a examinar sua Palavra, a descobrir seu caráter fiel e poderoso para restaurar nossa vida e nos tornar novas criaturas em Cristo (Romanos 5:20).

Deus lhe abençoe!

“A restauração meramente exterior difere tanto da regeneração quanto a caiação de uma casa velha, caindo aos pedaços, difere de sua demolição com a edificação posterior de uma nova em seu lugar.” — Augustus Montague Toplady.

ORE: Senhor Deus, derrama sobre nós a tua graça regeneradora, capaz de produzir em nós uma vida totalmente agradável a ti. Amém.

Limpeza profunda

Deus tem profundo interesse na nossa limpeza moral e espiritual. Ele é absolutamente puro, totalmente santo, e nos chama a refletir essa pureza no modo como vivemos. Embora sejamos pecadores, não faz sentido anunciar um Deus santo sem buscar santidade, nem servir ao Deus puro sem desejar viver purificados. A pureza é, portanto, marca essencial da vida cristã. Mas, por ainda lutarmos contra a nossa natureza pecaminosa, essa busca exige esforço, vigilância e resistência ao inimigo (Tiago 4:7).

Isaías compara essa purificação a uma lavagem, não de corpo, mas de coração, mente e atitudes. Deus não busca apenas mudanças externas, mas uma transformação interna que abandone a prática do mal. O profeta chama o povo a aprender o bem: se ainda não sabem fazer o que é certo, aprendam! Não há desculpa diante de Deus para quem insiste no caminho da maldade; ou escolhem o bem, ou colhem as consequências de rejeitá-lo (Gálatas 6:9).

Outro aspecto dessa “lavagem” é a prática da justiça. Caminhar em retidão é condição para quem se considera filho de Deus. Isso inclui amar o próximo, socorrer quem sofre, amparar os desamparados e cuidar dos que não têm apoio familiar, social ou espiritual. Essas atitudes revelam quem realmente experimentou a nova vida em Cristo (Efésios 4:32).

Cuidar uns dos outros não se limita a suprir necessidades materiais ou oferecer gestos momentâneos de carinho. Significa também viver de modo santo, oferecendo um testemunho que inspire confiança, mostrando que nossa fé não é apenas palavra, é vida. Quem anda em pureza reflete o Deus que serve, em espírito e verdade (João 4:23,24).

Deus lhe abençoe!

“Deus ama tanto a pureza que prefere ver um buraco na roupa de Seus filhos a enxergar uma mancha.” — William Gurnall.

ORE: Deus Santo, limpa-nos de toda impureza. Faz-nos santos como Tu és santo, e puros como puro Tu és. Amém.