Vivendo como Filhos da Luz

Há uma insistência paulina na dialética entre passado e futuro, mal e bem, morte e vida, condenação e salvação, e assim por diante. Essa insistência tem uma razão de ser: se nos esquecermos de quem e de como éramos, e de o que e como devemos ser, perderemos o foco do esforço que devemos fazer para alcançar a plenitude de Cristo Jesus em nossas vidas.

O que Cristo realizou em nós é de uma profundidade tão grande que muitos de nós, mesmo desfrutando desse beneplácito, não conseguimos compreender plenamente. E mesmo os que alcançam uma compreensão mais profunda não conseguem perceber totalmente, pois a obra que Jesus está fazendo em nós tem caráter eterno, e ainda não se manifestou o que havemos de ser (1 João 3:2).

Somos, de fato, novas criaturas! Nascemos de novo, fomos regenerados e vivemos uma nova vida em Cristo Jesus. Não estamos apenas adaptados a uma nova vida; de fato, tudo se fez novo em nós. Entretanto, o que por vezes nos causa expectação é o fato de ainda estarmos sujeitos ao erro e termos que lutar incessantemente contra a tentação, a concupiscência e o pecado. Ainda perturba alguns filhos de Deus o fato de servirem ao Senhor que tem todo o poder nos céus e na terra, mas ainda passarem por adversidades (Romanos 8:18).

Na verdade, tudo o que Jesus fez por nós, em nós e para nós aconteceu no campo da fé. Muitas das conquistas de Deus para nós ainda estão reservadas para a eternidade; coisas que nem mesmo conseguimos imaginar, tão maravilhosas que são (1 Coríntios 2:9)!

Enquanto aqui estivermos, devemos viver como filhos da luz, isto é, demonstrar, por meio do nosso bom testemunho, que sabemos em quem temos crido e estamos convencidos de que Ele é poderoso para terminar em nós a obra que Ele mesmo começou.

Como uma candeia ilumina tudo ao seu redor, iluminemos o mundo com a luz de Cristo!

Deus lhe abençoe!

“Se um filho de Deus resiste em ser mudado, ele acabará sendo amassado até ser moldado.” (Anônimo)

ORE: Pai, muda-nos para que não sejamos como éramos; molda-nos para não sermos como o mundo é. Amém.

Fuja do engano!

O modelo bíblico para a fé cristã é o da santidade e da pureza. Na prática cristã, não há espaço para se levar uma vida dissoluta, imoral, impura, ou materialista. Por convencimento do Espírito Santo, e por chamada de Deus, todo aquele que serve a Cristo Jesus está comprometido com um modelo moral de vida que implica em renúncia às paixões da carne e as suas concupiscências (Gálatas 5:16).

Neste aspecto, a devassidão, isto é, a licenciosidade e libertinagem, são peremptoriamente reprováveis por Deus. De igual modo, a impureza, ou seja, os comportamentos impuros, bem como a avareza, que é o apego exagerado e desmedido pelo dinheiro e bens materiais, são igualmente rejeitados por Deus como modelo de comportamento cristão (1 João 2:16,17).

O problema é que esses são modelos de vida extremamente sedutores e atraentes, porque são fontes poderosas de prazer carnal. Por isso, o mundo se mune de artifícios de persuasão quase irresistíveis para atrair as pessoas para esse modelo de vida. E muitos cristãos acabam sendo facilmente enredados por essa fonte de prazer para satisfazer a carne (2 Timóteo 2:22).

Com isso, muitos acabam se rendendo aos artifícios enganadores da consciência, crendo que não estão pecando quando praticam tais coisas. Outros até admitem ser pecado o que fazem; mas acabam acreditando que Deus não se importa com isso. Outros tantos sabem sem dúvidas que são práticas pecaminosas e reprováveis a Deus; mas já estão tão mergulhados no erro que simplesmente preferem continuar errando sem pensar nas consequências futuras (Lucas 12:19,20).

Não podemos nos render ao engano do mundo! Somos chamados por Deus para viver em santidade.

Deus lhe abençoe!

“A falsidade, o engano, a esperteza, a fraude, a malícia, a trapaça, o engodo, a ilusão, são espécies de mentira. Deus abomina a mentira que é um gênero de pecado. Tenhamos cuidado para não aborrecermos a Deus” (Cássia Cristina Berçot).

ORE: Deus da Verdade, livra-nos de ser enredados pela sedução do engano. Amém.

Rejeite a iniquidade!

O cristianismo é uma proposta de fé baseada na comunhão com Deus, no amor ao próximo e em uma vida moral elevada. Um dos mais importantes ativos visíveis da propagação da fé cristã é o bom testemunho, isto é, o comportamento livre de motivos que justifiquem o vilipêndio ao nome de Cristo Jesus. Somos chamados por Deus para viver segundo seus princípios de santidade e pureza; isso nos impõe a rejeição de práticas e costumes que nos tornem semelhantes aos que praticam o mal (Romanos 12:9).

Nesse contexto, o cristão é instado a rejeitar toda forma de iniquidade. Os males advindos da vida iníqua não devem sequer ser cogitados entre os que servem a Deus! O comportamento dos cristãos deve refletir, tanto quanto lhes seja possível, o comportamento do próprio Cristo Jesus (Filipenses 2:5).

O cristão deve rejeitar toda forma de imoralidade sexual; deve se opor a toda impureza; e deve repudiar a avareza. Da mesma forma, precisa guardar-se de falar palavras torpes e evitar comportamentos que levem à parvoíce. Embora não seja proibido ao cristão ser alegre e descontraído, ele deve evitar as chocarrices, isto é, práticas jocosas e imorais que não convêm. A boca do cristão foi-lhe dada por Deus para louvá-lo, adorá-lo e oferecer ações de graças (Mateus 5:48).

Servimos ao único Deus verdadeiro. Ele é plenamente santo e totalmente puro, não aceita a iniquidade e se separa do pecado. Se o servimos, devemos viver de maneira agradável a Ele. E se, em nossa trajetória, por alguma infelicidade, viermos a desagradá-lo cometendo pecado, devemos recorrer ao recurso que Ele mesmo providenciou para a restituição de nossa santidade e pureza: “Estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1).

Deus lhe abençoe!

“A santificação é o detergente espiritual que mantém limpa a moral cristã.” (Aureliano Jr.)

ORE: Deus santo e puro, ensina-nos a vigiar para que nos mantenhamos santos, puros e limpos diante de Ti e dos homens! Amém.