O evangelho e a sabedoria

O evangelho e a sabedoria

Paulo era um grande estrategista do evangelho. No entanto, ele não utilizava suas estratégias para suavizar a Verdade de Deus. Apenas fazia uso de recursos que facilitassem a compreensão do plano de salvação, direcionados àqueles que, por estarem cegos em seus entendimentos, necessitavam de meios esclarecedores para entender o propósito de Deus para suas vidas (Atos 16:30).

O evangelho não pode ser maquiado a ponto de se tornar irreconhecível, ainda que pareça mais “atraente”. A Verdade não precisa de subterfúgios, nem de tergiversações para ser bem recebida. Ela necessita apenas de alguém que, cheio da virtude e da sabedoria do Espírito Santo, a anuncie, e de corações sedentos de Deus, dispostos a compreendê-la (Romanos 10:14).

Pregar o evangelho exige unção, graça e poder — virtudes que só podem ser concedidas pela ação do Espírito Santo em nós. Contudo, exige também sabedoria, a qual é concedida, sem medida nem restrição, àqueles que a pedem sinceramente a Deus (Tiago 1:5).

Essa sabedoria, porém, não se confunde com palavras rebuscadas, discursos eruditos ou linguajar sofisticado. Trata-se da capacidade de comunicar a Verdade de Deus com mansidão, clareza e a boa intenção de um coração sincero (1 Pedro 3:15).

Preguemos o evangelho! E façamos isso com sabedoria!

Deus lhe abençoe!

“Deem-me cem pregadores que não temam nada, a não ser o pecado, e não desejem nada, a não ser Deus, e eu não darei a mínima atenção ao fato de serem eles ministros ou leigos; sozinhos abalarão as portas do inferno e implantarão o Reino dos Céus na terra.” - John Wesley

ORE: Deus Sábio, ensina-nos a anunciar o evangelho de Cristo Jesus com sabedoria, para que voltemos das nossas pregações com muitas almas para o Teu Reino. Amém.

A defesa dos filhos de Deus

Não é segredo para nós que, no mundo, temos aflições; esse foi um alerta proferido pelo próprio Senhor Jesus. O apóstolo Paulo, assim como os demais apóstolos, foi vítima de constantes acusações, perseguições, prisões e, por fim, da morte, por viver para Deus. Portanto, não devemos nos surpreender quando alguns, até mesmo aqueles que amamos e que estão próximos de nós, nos atacam com palavras ou nos acusam sorrateiramente por causa da fé que professamos (Mateus 5:11).

Até mesmo dentro da família de Deus existem alguns, chamados neófitos, muitas vezes que não vigiam suas palavras e lançam dardos envenenados pela calúnia ou pelo julgamento, tentando condenar nossas ações e duvidar das nossas intenções (Gálatas 1:7).

Paulo, aqui, reclama dos questionamentos da igreja de Corinto a seu respeito. Ele já havia sido questionado pelos judeus, pelos gálatas e por tantos outros, por ser chamado de apóstolo entre os gentios, embora não tivesse caminhado ao lado do Senhor Jesus enquanto Ele esteve aqui na Terra. Isso certamente incomodava o apóstolo, que recebeu de Jesus uma revelação tão profunda que, até hoje, não sabemos seu conteúdo completo, pois não era permitido aos homens conhecê-lo (2 Coríntios 12:4).

Paulo sofria com esses questionamentos, mas não desanimava no seu ministério, porque sabia em quem cria e tinha certeza de que Ele é poderoso para guardar o seu depósito até a eternidade (2 Timóteo 1:12).

Esse deve ser o nosso estímulo; essa deve ser a nossa convicção. Devemos permanecer firmes, sabendo que Aquele que começou em nós a boa obra de salvação e capacitação é fiel para executá-la e concluí-la, culminando no nosso ingresso na bem-aventurada esperança da vida eterna, que Deus reservou para os que O amam.

Deus lhe abençoe!

“Quem tem Jesus como Advogado não precisa se defender. Ele é a nossa defesa." - Aureliano Jr.

ORE: Deus Justo, vivemos em um mundo cheio de acusações contra a nossa santa maneira de viver. Seja Tu a nossa Defesa e a nossa Justiça. Amém.

Cuidados com a consciência do próximo

CUIDADOS COM A CONSCIÊNCIA DO PRÓXIMO

O mandamento do amor, estabelecido por Cristo Jesus, nos impõe uma grande responsabilidade para com os nossos irmãos. Somos chamados a não viver mais para nós mesmos, mas a direcionar nossa vida a Deus e ao próximo. O Senhor espera que, no nosso ministério terreno, reproduzamos, com a mesma dedicação, o exemplo de Jesus, que viveu para agradar ao Pai e salvar os pecadores (João 14:12).

Cada ato que praticamos, cada palavra que proferimos e cada intenção que guardamos no coração são cuidadosamente observados por Deus, que avalia nosso compromisso com o mandamento do amor. Já não temos liberdade para viver conforme nossa própria vontade. Somos sal da terra e luz do mundo; e, ainda que o mundo nos rejeite, ele espera de nós uma resposta que desperte a esperança da vida eterna (Mateus 5:13-16).

O apóstolo Paulo é extremamente claro sobre isso. Quanto às coisas sacrificadas aos ídolos, embora ele reconheça que um ídolo nada é — fruto da imaginação humana, sem qualquer poder sobre os filhos de Deus —, ainda assim, orienta que se evite tanto seu culto quanto seus banquetes. Isso porque, mesmo que para nós não tenha valor, o irmão mais fraco pode ser ferido em sua consciência pela nossa liberdade (1 Coríntios 10:32).

Ninguém morre de fome por deixar de comer um pedaço de carne. Portanto, se aquilo que fazemos escandaliza nosso irmão, que possamos trocar de prato, de mesa, de ambiente — mas que jamais permitamos que ele tropece por causa de nossa conduta.

Deus lhe abençoe!

“A voz da consciência é tão delicada que é fácil ignorá-la. Mas também tão clara que se torna impossível iludi-la.” - Madame de Staël

ORE: Pai, tu colocaste sobre nossos ombros a responsabilidade de sermos bênção na vida dos nossos irmãos. Dá-nos sabedoria para que nosso comportamento nunca seja motivo de escândalo para aqueles que tu amas. Amém.