Prestação de contas

A condição à qual a graça de Deus nos submeteu é a de filiação a Ele. Somos seus filhos, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. E como filhos, devemos respeito e satisfação ao nosso Pai. Não fomos libertos por Deus para viver à revelia Dele, segundo o curso da nossa vontade. A nossa filiação implica a responsabilidade de vivermos segundo a vontade de Deus, fazendo o que Lhe agrada e buscando praticar o que Lhe apraz (Salmos 143:10).

Assim como um pai, por amor, acompanha com zelo e cuidado todas as áreas da vida do seu filho, Deus igualmente está com os Seus olhos oniscientes sobre nós, sempre nos orientando, por meio do Espírito Santo, a viver em santidade e pureza. Quando Ele entende ser necessária a correção, nos admoesta sem reservas, porque nos ama. Todo pai que de fato ama o seu filho o corrige quando necessário, para que ele seja bem-sucedido em todas as coisas (Provérbios 13:24).

Sabemos, pela Palavra de Deus, que haveremos de comparecer perante o Tribunal de Cristo, o “bema”, lugar elevado. Este tribunal não é de condenação, mas de reconhecimento das obras que fizermos para Deus, associado aos galardões que Jesus nos prometeu. Devemos nos esforçar para que, quando chegarmos perante Cristo, possamos apresentar as nossas obras como motivo de glorificação a Deus (1 Coríntios 10:31).

Deus lhe abençoe!

"Nós barateamos o evangelho quando o retratamos apenas como algo que nos liberta da tristeza, do medo, da culpa e de outras necessidades pessoais, ao invés de apresentá-lo como uma força que nos liberta da ira vindoura" (John Stott).

ORE: Deus, pedimos que nos santifique e nos corrija, para que, quando formos chamados à prestação de contas, sejamos havidos por dignos de aprovação. Amém.

Andar por fé, e não por vista

Andar por fé é o mais maravilhoso projeto de vida que podemos ter. Vivemos o milagre diário, em que, pelos olhos espirituais, conseguimos enxergar Deus trabalhando por nós em todas as coisas e sob quaisquer circunstâncias. A fé não nos permite ser reféns da ansiedade; não vivemos ansiosos por coisa alguma. Ainda que em alguns momentos a preocupação nos assalte, não somos dominados pelo desespero, porque sabemos que Deus tem cuidado de nós (1 Pedro 5:7).

Andar por vista, isto é, depositar a confiança nas coisas visíveis, não é uma opção inteligente para quem anda por fé, pois as coisas visíveis são transitórias e indignas de nossa confiança. O mundo físico não oferece segurança de vitória contra a morte. Por isso, todos que estribam sua esperança nas coisas visíveis vivem dominados pela ansiedade e pelo medo, porque intimamente sabem que nada neste mundo dura para sempre (1 João 2:17).

É isso que alimenta nosso ânimo: nós, que vivemos por fé, não estamos fundamentando nossa segurança em coisas perecíveis. Nossa segurança está alicerçada em coisas eternas, que jamais perecerão. Nossa vida é eterna, nossa fé é eterna e nossa confiança é eterna. Por que temeríamos a morte física, se já aguardamos a vida eterna? Por que creríamos em recursos perecíveis, se nossa fé aponta para a eternidade? Por que confiar nas ilusões do mundo corrompido, se nossa confiança está no Deus eterno (Salmos 31:14)?

Por isso, andamos por fé e não por vista. Já vivemos, pela fé, na dimensão eterna. Ainda que estejamos na terra, já estamos assentados em lugares celestiais.

Deus lhe abençoe!

"A fé aumenta pela oração, é fortalecida pelo estudo da Palavra e cumpre-se quando submetemo-nos diariamente ao Senhor Jesus" (Charles Stern).

ORE: Pai Amado, abra os nossos olhos espirituais, para que possamos enxergar o caminho que, pela fé, temos que trilhar, para que em tudo te agrademos. Amém.

O eterno edifício de Deus

Minha mãe, cristã fiel, sempre me advertia a estar preparado para duas coisas: a morte ou o arrebatamento da Igreja. Ela dizia: “Ninguém fica para a semente”, reforçando que a vida aqui é passageira, transitória e breve. É sobre isso que Paulo fala: ele chama a vida de “casa terrestre” e o corpo de “tabernáculo”, e lembra que um dia tudo isso se encerrará. Entretanto, nosso regozijo está em saber que nossa história não termina aqui; faremos parte do Edifício de Deus, glorioso e eterno, nos céus (João 17:3).

Essa certeza justifica nossa esperança. Esperamos, mesmo gemendo, pela nossa nova habitação no céu. Por isso, nos sentimos como que fora deste mundo, porque o homem interior, formado por Deus em nós por meio de Cristo Jesus, já não deseja permanecer aqui. Ele anseia pela casa celestial, eterna e incorruptível. Ainda que desejemos continuar na terra no corpo, no Espírito já gememos, aguardando que a eternidade nos receba. Isso não vem de nós, mas de Deus, que plantou em nós, pela salvação, a semente da vida eterna, que, ainda latente no nosso tabernáculo terreno, se prepara para germinar, brotar e crescer, até que Cristo seja formado em nós (Judas 1:20,21).

Deus lhe abençoe!

“O velho e decaído barro que nos moldou homens, do pó da terra, pelas mãos de Deus, foi vivificado, e nos fez vasos, mas também nos fez tijolos. Fazemos parte do edifício eterno de Deus” (Anônimo).

ORE: Senhor Deus, ajuda-nos a operar a nossa salvação em Cristo Jesus, para que, em breve, possamos figurar dentre aqueles que constituirão o teu edifício eterno, nos céus. Amém.