Viver em paz

Parece uma utopia, quase um paradoxo, imaginar que é possível viver em paz neste mundo. Conflitos acontecem em todas as instâncias da vida e, quando tudo parece finalmente se acalmar, somos confrontados com as nossas próprias guerras, os conflitos interiores que insistem em permanecer.

De fato, viver neste mundo e viver em paz soa, muitas vezes, como uma equação sem resposta. Quanto mais explicações, teorias ou reflexões sobre a paz conhecemos, mais distante ela parece estar de um coração verdadeiramente pacificado.

Por mais difícil que seja compreender o método divino, viver em paz é possível. Basta ter fé na justiça de Deus (Romanos 5:1), e seremos inundados por uma paz indescritível, que nem nós mesmos saberemos explicar. O coração se aquieta, a mente se apazigua, e os conflitos internos perdem a força.

Isso é possível porque a fé não depende de nós, mas de Deus (Efésios 2:8). Ele, o Pai, por meio de Cristo, seu Filho, o Príncipe da Paz (Isaías 9:6), e sob a ação consoladora do Espírito Santo, realiza em nós, pela graça, aquilo que nenhum método humano poderia alcançar: conduzir-nos a um estado de quietude perfeito, incompreensível, inexplicável, mas absolutamente real, a paz que excede todo o entendimento.

Dê a si mesmo a oportunidade de experimentar essa condição de paz que só em Jesus Cristo é possível acessar. Sem cerimonialismo, sem palavras eruditas ou teorias filosóficas rebuscadas, convide Deus para uma conversa. Abra o coração, permita que Ele entre, entregue o controle da mente e deixe-se inundar por uma paz da qual você jamais desejará se afastar.

Seja um reflexo da paz de Deus, essa mesma paz que excede todo o entendimento, mas que desperta curiosidade e atrai aqueles que também anseiam por encontrá-la.

Deus te abençoe! Aureliano Guimarães Júnior.

“Não terei paz com ninguém enquanto não tiver paz com Deus.” Guimarães Jr.

Sofrimento

A vida de fé enfrenta muitos conflitos. Talvez o maior deles seja compreender o porquê do sofrimento; mais especificamente, por que pessoas boas e dotadas de qualidades elevadas são submetidas a ele.

Temos grande dificuldade em aceitar o sofrimento como parte de um processo de crescimento e aperfeiçoamento. Quando o sofrimento atinge outras pessoas, nossas palavras fluem com facilidade na forma de apoio, estímulo e encorajamento; porém, quando chega a nossa vez de sofrer, surge diante de nós um intenso conflito a ser enfrentado.

A sociedade humana é hedonista: vive em uma busca constante por prazer, satisfação e conquistas. Quando as coisas não vão bem, é inevitável que experimentemos algum grau de sofrimento, e isso nos incomoda profundamente.

Quando olhamos para Jesus, o nosso coração se aquieta, pois vemos que Ele próprio escolheu enfrentar o sofrimento e sair desse processo aprovado, credenciando-se como o Salvador da humanidade (Isaías 53:4,5). Jesus é o maior exemplo de que podem surgir frutos preciosos a partir da dor, ainda que essa experiência não nos agrade.

A mensagem das Escrituras, sempre clara e objetiva, nos ensina que, no mundo, teríamos aflições; mas também nos encoraja a enfrentá-las com ânimo, pois Jesus Cristo venceu o mundo (João 16:33).

Não é bom sofrer: seja pela dor de uma enfermidade, pelo peso de um problema aparentemente insolúvel ou pelo abandono e desprezo gerados pela falta de amor que marca este mundo. Ainda assim, o sofrimento funciona como uma escola: prepara-nos para o futuro e nos capacita a ajudar outros que passarão por experiências semelhantes.

Não tenha medo de sofrer. Deus está formando em você um guerreiro fortalecido, uma pessoa resiliente e um instrumento sensível para abençoar vidas.

Deus lhe abençoe! Aureliano Guimarães Júnior.

“Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim.” Marcel Proust.

Simplicidade

É maravilhoso saber que Deus, mesmo sendo grandioso em Sua existência e tendo criado uma obra tão complexa, tem prazer nas coisas simples. Ao olharmos para o passado, vemos Deus escolhendo os menores, os mais fracos, os menos favorecidos, e elevando-os a condições superiores de vida.

Basta observar Suas escolhas nas Sagradas Escrituras: escolheu Abel, Jacó e Davi, os menores; escolheu Moisés e Jeremias, os que tinham dificuldade para falar; escolheu Israel e a Igreja, os menores entre os povos. Esse padrão se repete ao longo da história. Aliás, por meio de Jesus, o Cristo, Ele mesmo escolheu viver de forma simples e sem beleza exterior aos olhos humanos (cf. Isaías 53:2).

Em um mundo onde a sociedade valoriza a grandeza, a conquista e a superioridade, é reconfortante saber que o Deus que criou todas as coisas e mantém tudo sob Seu soberano e absoluto controle dedica atenção especial àqueles que parecem desamparados e sem perspectiva de futuro.

É fonte de esperança perceber, nas Escrituras, que Deus não apenas protege os simples e ama a simplicidade, mas também acolhe nossa oração simples, nosso culto sincero e nossa fé singela.

Não tenha receio de se aproximar de Deus por Ele ser tão grandioso, o Altíssimo, que possui todo o poder, todo o conhecimento e está presente em todos os lugares. Busque-O com a simplicidade e a pureza de uma criança, porque Sua mão não está encolhida, nem Seus ouvidos fechados; Ele pode salvar e pode ouvir (Isaías 59:1). E, se nessa busca você encontrar dificuldade em se sentir alvo do Seu imenso amor, vá até Ele mesmo assim, com simplicidade de alma e singeleza de coração, pois Ele, em Sua misericórdia, o atenderá e o receberá como filho.

Deus lhe abençoe! Aureliano Guimarães Júnior.

“Se tens a beleza simples e mais nada, tens quase tudo o que Deus fez de melhor.” (Rudyard Kipling).