1 De noite, em minha cama, busquei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei.
6 Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso, e de todos os pós dos mercadores?
3 Acharam-me os guardas, que rondavam pela cidade;eu lhes perguntei: Vistes aquele a quem ama a minha alma?
10 Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército com bandeiras?
2 Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade;pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma;busquei-o, e não o achei.
1 Ah! quem me dera que foras como meu irmão, que mamou aos seios de minha mãe! Quando te encontrasse lá fora, beijar-te-ia, e não me desprezariam!
5 Quem é esta que sobe do deserto, e vem encostada ao seu amado?Debaixo da macieira te despertei, ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz.
4 Apartando-me eu um pouco deles, logo achei aquele a quem ama a minha alma; agarrei-me a ele, e não o larguei, até que o introduzi em casa de minha mãe, na câmara daquela que me gerou.
7 Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes descansar ao meio-dia; pois por que razão seria eu como a que anda errante junto aos rebanhos de teus companheiros?