Segundo lamento de Jeremias

1 Justo serias, Senhor,

se eu apresentasse a minha causa

diante de ti.

No entanto, preciso falar contigo

a respeito da justiça.

Por que o caminho dos ímpios

prospera?

Por que todos os traidores

vivem em paz?

2 Tu os plantas, e eles lançam raízes;

crescem e dão fruto.

Estás perto dos lábios deles,

mas longe do coração.

3 Mas tu, ó Senhor, me conheces;

tu me vês e provas

o que o meu coração sente

em relação a ti.

Arranca-os como ovelhas

destinadas ao matadouro

e separa-os para o dia da matança.

4 Até quando a terra estará de luto,

e se secará a erva

de todo o campo?

Os animais e as aves

estão morrendo

por causa da maldade

dos moradores da terra,

que dizem: "Deus não vê

aquilo que nos espera."

A resposta de Deus

5 "Jeremias, se você se cansa

correndo com homens

que vão a pé,

como poderá competir

com os que vão a cavalo?

Se em terra de paz

você não se sente seguro,

que fará na floresta do Jordão?

6 Porque até mesmo os seus irmãos

e a casa de seu pai

estão sendo desleais

para com você;

eles o perseguem com fortes gritos.

Não confie neles,

ainda que lhe digam coisas boas."

Deus castiga os devastadores do país

7 "Abandonei o meu templo,

rejeitei a minha herança;

entreguei aquela

que eu mais amava

nas mãos de seus inimigos.

8 A minha herança tornou-se

para mim

como um leão na floresta;

levantou a voz contra mim,

e por isso eu a odeio.

9 A minha herança é para mim

uma ave de rapina de várias cores

contra a qual se ajuntam

outras aves de rapina.

Vão, pois, e reúnam

todos os animais do campo;

que eles venham para devorá-la.

10 Muitos pastores destruíram

a minha vinha

e pisaram o meu campo;

fizeram da porção

que era o meu prazer

um deserto.

11 Eles a tornaram em desolação,

e, no seu abandono,

ela clama a mim;

toda a terra está devastada,

mas não há ninguém

que se importe com isso.

12 Sobre todos os lugares altos

do deserto

vieram destruidores;

porque a espada do Senhor devora

de um a outro extremo da terra;

não há paz para ninguém.

13 Semearam trigo

e colheram espinhos;

cansaram-se,

mas sem proveito algum.

Ficarão envergonhados

das suas colheitas,

por causa do furor

da ira do Senhor."

14 Assim diz o Senhor a respeito de todos os meus maus vizinhos, que se apoderam da minha herança, que deixei ao meu povo de Israel:

— Eis que os arrancarei da sua terra, e arrancarei a casa de Judá do meio deles. 15 Depois de os haver arrancado, eu me voltarei e terei compaixão deles e os farei voltar, cada um à sua herança, cada um à sua terra. 16 Se diligentemente aprenderem os caminhos do meu povo; se jurarem pelo meu nome, dizendo: "Tão certo como vive o Senhor", assim como no passado ensinaram o meu povo a jurar por Baal, então serão edificados no meio do meu povo. 17 Mas, se não quiserem ouvir, arrancarei essa nação; arrancarei e destruirei, diz o Senhor.

1 Tu sei giusto, o Eterno, quand’io contendo teco; nondimeno io proporrò le mie ragioni: Perché prospera la via degli empi? Perché son tutti a loro agio quelli che procedono perfidamente?

2 Tu li hai piantati, essi hanno messo radice, crescono ed anche portano frutto; tu sei vicino alla loro bocca, ma lontano dal loro interiore.

3 E tu, o Eterno, tu mi conosci, tu mi vedi, tu provi qual sia il mio cuore verso di te. Trascinali al macello come pecore, e preparali per il giorno del massacro!

4 Fino a quando farà cordoglio il paese, e si seccherà l’erba di tutta la campagna? Per la malvagità degli abitanti, le bestie e gli uccelli sono sterminati. Poiché quelli dicono: "Egli non vedrà la nostra fine".

5 Se, correndo con de’ pedoni, questi ti stancano, come potrai lottare coi cavalli? E se non ti senti al sicuro che in terra di pace, come farai quando il Giordano sarà gonfio?

6 Perché perfino i tuoi fratelli e la casa di tuo padre ti tradiscono; anch’essi ti gridan dietro a piena voce; on li credere quando ti diranno delle buone parole.

7 Io ho lasciato la mia casa, ho abbandonato la mia eredità; ho dato quello che l’anima mia ha di più caro, nelle mani de’ suoi nemici.

8 La mia eredità è divenuta per me come un leone nella foresta; ha mandato contro di me il suo ruggito; erciò io l’ho odiata.

9 La mia eredità è stata per me come l’uccello rapace screziato; gli uccelli rapaci si gettan contro di lei da ogni parte. Andate, radunate tutte le bestie della campagna, fatele venire a divorare!

10 Molti pastori guastano la mia vigna, calpestano la porzione che m’è toccata, riducono la mia deliziosa porzione in un deserto desolato.

11 La riducono in una desolazione; e, tutta desolata, fa cordoglio dinanzi a me; tutto il paese è desolato, perché nessuno lo prende a cuore.

12 Su tutte le alture del deserto giungono devastatori, perché la spada dell’Eterno divora il paese da un’estremità all’altra; nessuna carne ha pace.

13 Han seminato grano, e raccolgono spine; si sono affannati senz’alcun profitto. Vergognatevi di ciò che raccogliete a motivo dell’ardente ira dell’Eterno!

14 Così parla l’Eterno contro tutti i miei malvagi vicini, che toccano l’eredità ch’io ho data a possedere al mio popolo d’Israele: Ecco, io li svellerò dal loro paese, svellerò la casa di Giuda di fra loro;

15 ma, dopo che li avrò divelti, avrò di nuovo compassione di loro, e li ricondurrò ciascuno nella sua eredità, ciascuno nel suo paese.

16 E se pure imparano le vie del mio popolo e a giurare per il mio nome dicendo: "l’Eterno vive," come hanno insegnato al mio popolo a giurare per Baal, saranno saldamente stabiliti in mezzo al mio popolo.

17 Ma, se non dànno ascolto, io svellerò quella nazione; la svellerò e la distruggerò, dice l’Eterno.