O sonho de Nabucodonosor

1 No segundo ano de Nabucodonosor como rei da Babilônia, ele teve uns sonhos que o deixaram tão preocupado, que não podia dormir. 2 Então mandou chamar os sábios, os adivinhos, os feiticeiros e os astrólogos, para que eles explicassem os sonhos. Quando chegaram e se apresentaram diante do rei, 3 ele lhes disse:

— Tive um sonho que me deixou muito preocupado e não vou ficar sossegado enquanto não souber o que ele quer dizer.

4 Eles disseram ao rei na língua aramaica :

— Que o rei viva para sempre! Pedimos que o senhor nos conte o sonho e aí nós lhe diremos o que ele quer dizer.

5 Mas o rei respondeu:

— Eu já resolvi que vocês têm de me contar o sonho e também explicar o que ele quer dizer. Se não puderem fazer isso, vocês serão todos cortados em pedaços, e as suas casas serão completamente arrasadas. 6 Mas, se me contarem o sonho e explicarem o que ele quer dizer, eu lhes darei presentes, prêmios e muitas honras. Portanto, digam o que foi que eu sonhei e o que o sonho quer dizer.

7 E todos os sábios disseram de novo:

— Conte o senhor o sonho, e aí nós lhe diremos o que ele quer dizer.

8 Mas o rei insistiu:

— Eu sei o que vocês estão fazendo. Estão é procurando ganhar tempo porque sabem que já resolvi 9 que, se vocês não me contarem o sonho, vou dar a todos o mesmo castigo. Vocês já combinaram me enganar com mentiras e falsidades, esperando que a situação mude. Contem-me o sonho, e então eu saberei que também poderão explicar o que ele quer dizer.

10 Os sábios deram ao rei esta resposta:

— Não há ninguém no mundo que seja capaz de fazer o que o senhor quer. Nunca houve nenhum rei, por mais forte e poderoso que fosse, que tivesse exigido uma coisa dessas dos seus sábios, adivinhos ou astrólogos. 11 O que o senhor está querendo é impossível. Não existe quem possa atender o seu pedido, a não ser os deuses, e eles não moram com a gente aqui na terra.

12 O rei ficou tão furioso, que mandou matar todos os sábios da Babilônia. 13 A ordem foi publicada, e então foram buscar Daniel e os seus companheiros para que eles também fossem mortos.

Deus revela a Daniel o que o sonho quer dizer

14 Daniel foi procurar Arioque, o chefe da guarda do rei, que tinha recebido ordem para matar todos os sábios da Babilônia. Com muito jeito e cuidado, 15 Daniel perguntou a Arioque:

— Por que foi que o rei deu uma ordem tão dura assim?

Arioque explicou o que havia acontecido. 16 Então Daniel foi falar com o rei, e este concordou em esperar, a fim de dar tempo a Daniel para explicar o sonho.

17 Depois, Daniel foi para casa e contou tudo aos seus amigos Ananias, Misael e Azarias. 18 Daniel disse que orassem ao Deus do céu, pedindo que tivesse pena deles e lhes mostrasse o que aquele sonho misterioso queria dizer, a fim de que Daniel e os seus amigos não morressem junto com os outros sábios da Babilônia. 19 Naquela noite, Daniel teve uma visão, e nela Deus mostrou o que o sonho queria dizer. Então Daniel agradeceu a Deus, 20 dizendo:

"Que o nome de Deus seja louvado para sempre,

pois dele são a sabedoria e o poder!

21 É ele quem faz mudar os tempos e as estações;

é ele quem põe os reis no poder e os derruba;

é ele quem dá sabedoria aos sábios

e inteligência aos inteligentes.

22 Ele explica mistérios e segredos

e conhece o que está escondido na escuridão,

pois com ele mora a luz.

23 Ó Deus dos meus antepassados,

eu te agradeço e te louvo,

pois me deste sabedoria e poder.

Tu respondeste à nossa oração,

nos mostrando o que o rei quer saber."

Daniel explica o sonho ao rei

24 Aí Daniel foi procurar Arioque, o oficial que tinha recebido ordem do rei para matar os sábios da Babilônia. Daniel disse:

— Arioque, não mate os sábios. Leve-me para falar com o rei, e eu explicarei o sonho que ele teve.

25 Arioque levou Daniel depressa para o lugar onde o rei estava e lhe disse:

— Está aqui comigo um dos judeus que trouxemos como prisioneiros e ele vai explicar o sonho que o senhor teve.

26 O rei perguntou a Daniel, que também era chamado de Beltessazar:

— Você pode contar o meu sonho e explicar o que ele quer dizer?

27 Daniel respondeu:

— Não há sábios, adivinhos, feiticeiros nem astrólogos que possam dar a explicação que o senhor está exigindo. 28 Mas há um Deus no céu, que explica mistérios. Foi por meio do sonho que ele fez o senhor saber o que vai acontecer no futuro. E agora, ó rei, eu vou explicar o sonho e as visões que o senhor teve enquanto dormia.

29 — O senhor estava deitado na sua cama e começou a pensar a respeito do futuro. E aquele que explica mistérios mostrou ao senhor o que vai acontecer. 30 E eu recebi a explicação do mistério, não porque seja o mais sábio de todos os homens, mas a fim de que o senhor saiba o sentido do sonho que teve e o que querem dizer os pensamentos que passaram pela sua mente, ó rei.

31 — O senhor teve uma visão na qual viu uma estátua enorme, de pé, bem na sua frente. A estátua era brilhante, mas metia medo. 32 A cabeça era de ouro puro, o peito e os braços eram de prata, a barriga e os quadris eram de bronze, 33 as pernas eram de ferro, e os pés eram metade de ferro e metade de barro. 34 Enquanto o senhor estava olhando, uma pedra se soltou de uma montanha, sem que ninguém a tivesse empurrado. A pedra caiu em cima dos pés da estátua e os despedaçou. 35 Imediatamente, o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro viraram pó, como o pó que se vê no verão quando se bate o trigo para separá-lo da palha. O vento levou tudo embora, sem deixar nenhum sinal. Mas a pedra cresceu e se tornou uma grande montanha, que cobriu o mundo inteiro.

36 — Foi este o sonho, e agora vou explicá-lo para o senhor. 37 Ó rei, o senhor é o mais poderoso de todos os reis, e foi o Deus do céu quem o fez rei; ele lhe deu poder, autoridade e honra. 38 Ele deu ao senhor o domínio em todo o mundo sobre os seres humanos, os animais e as aves. O senhor é a cabeça feita de ouro. 39 Depois do seu reino haverá outro, que não será tão poderoso como o seu; e depois desse reino haverá ainda outro, um reino de bronze, que dominará o mundo inteiro. 40 Depois, virá um quarto reino, e este será forte como o ferro, que quebra e despedaça tudo. E assim como o ferro quebra tudo, esse reino destruirá completamente todos os outros reinos do mundo. 41 Na estátua que o senhor viu, os pés e os dedos dos pés eram metade de ferro e metade de barro. Isso quer dizer que esse reino será dividido, mas terá alguma coisa da força do ferro; pois, como o senhor viu, o ferro estava misturado com barro. 42 Os dedos dos pés eram metade de ferro e metade de barro; isso quer dizer que o reino, por um lado, será forte, mas, por outro, será fraco. 43 O senhor, ó rei, viu que o ferro estava misturado com barro, e isso quer dizer que os reis procurarão unir os seus reinos por meio de casamentos. Mas como o ferro e o barro não se unem, assim também esses reinos não ficarão unidos. 44 No tempo desses reis, o Deus do céu fará aparecer um reino que nunca será destruído, nem será conquistado por outro reino. Pelo contrário, esse reino acabará com todos os outros e durará para sempre. 45 É isso o que quer dizer a pedra que o rei viu soltar-se da montanha, sem que ninguém a tivesse empurrado, e que despedaçou a estátua feita de ferro, bronze, prata, barro e ouro. O Grande Deus está revelando ao senhor o que vai acontecer no futuro. Foi este o sonho que o senhor teve, e esta é a explicação certa.

A recompensa de Daniel

46 Então o rei Nabucodonosor se ajoelhou diante de Daniel, e encostou o rosto no chão, e depois ordenou que fossem apresentados a Daniel sacrifícios e incenso. 47 E ele disse a Daniel:

— O Deus que vocês adoram é, de fato, o mais poderoso de todos os deuses e é o Senhor de todos os reis. Eu sei que é ele quem explica mistérios, pois você me explicou este sonho misterioso.

48 Em seguida, o rei colocou Daniel como alta autoridade do reino e lhe deu também muitos presentes de valor. Ele pôs Daniel como governador da província da Babilônia e o fez chefe de todos os sábios do país. 49 A pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da província da Babilônia; mas Daniel ficou na corte real.

1 וּבִשְׁנַת שְׁתַּיִם לְמַלְכוּת נְבֻֽכַדְנֶצַּר חָלַם נְבֻֽכַדְנֶצַּר חֲלֹמוֹת וַתִּתְפָּעֶם רוּחוֹ וּשְׁנָתוֹ נִהְיְתָה עָלָֽיו ׃

2 וַיֹּאמֶר הַמֶּלֶךְ לִקְרֹא לַֽחַרְטֻמִּים וְלָֽאַשָּׁפִים וְלַֽמְכַשְּׁפִים וְלַכַּשְׂדִּים לְהַגִּיד לַמֶּלֶךְ חֲלֹמֹתָיו וַיָּבֹאוּ וַיַּֽעַמְדוּ לִפְנֵי הַמֶּֽלֶךְ ׃

3 וַיֹּאמֶר לָהֶם הַמֶּלֶךְ חֲלוֹם חָלָמְתִּי וַתִּפָּעֶם רוּחִי לָדַעַת אֶֽת ־ הַחֲלֽוֹם ׃

4 וַֽיְדַבְּרוּ הַכַּשְׂדִּים לַמֶּלֶךְ אֲרָמִית מַלְכָּא לְעָלְמִין חֱיִי אֱמַר חֶלְמָא לעבדיך וּפִשְׁרָא נְחַוֵּֽא ׃

5 עָנֵה מַלְכָּא וְאָמַר לכשדיא מִלְּתָא מִנִּי אַזְדָּא הֵן לָא תְהֽוֹדְעוּנַּנִי חֶלְמָא וּפִשְׁרֵהּ הַדָּמִין תִּתְעַבְדוּן וּבָתֵּיכוֹן נְוָלִי יִתְּשָׂמֽוּן ׃

6 וְהֵן חֶלְמָא וּפִשְׁרֵהּ תְּֽהַחֲוֺן מַתְּנָן וּנְבִזְבָּה וִיקָר שַׂגִּיא תְּקַבְּלוּן מִן ־ קֳדָמָילָהֵןחֶלְמָאוּפִשְׁרֵהּהַחֲוֺֽנִי ׃

7 עֲנוֹ תִנְיָנוּת וְאָמְרִין מַלְכָּא חֶלְמָא יֵאמַר לְעַבְדוֹהִי וּפִשְׁרָה נְהַחֲוֵֽה ׃

8 עָנֵה מַלְכָּא וְאָמַר מִן ־ יַצִּיביָדַעאֲנָהדִּיעִדָּנָאאַנְתּוּןזָבְנִיןכָּל ־ קֳבֵלדִּיחֲזֵיתוֹןדִּיאַזְדָּאמִנִּימִלְּתָֽא ׃

9 דִּי הֵן ־ חֶלְמָאלָאתְהֽוֹדְעֻנַּנִיחֲדָה ־ הִיאדָֽתְכוֹןוּמִלָּהכִדְבָהוּשְׁחִיתָההזמנתוןלְמֵאמַרקָֽדָמַיעַדדִּיעִדָּנָאיִשְׁתַּנֵּאלָהֵןחֶלְמָאאֱמַרוּלִיוְֽאִנְדַּעדִּיפִשְׁרֵהּתְּהַחֲוֻנַּֽנִי ׃

10 עֲנוֹ כשדיא קֳדָם ־ מַלְכָּאוְאָמְרִיןלָֽא ־ אִיתַיאֲנָשׁעַל ־ יַבֶּשְׁתָּאדִּימִלַּתמַלְכָּאיוּכַללְהַחֲוָיָהכָּל ־ קֳבֵלדִּיכָּל ־ מֶלֶךְרַבוְשַׁלִּיטמִלָּהכִדְנָהלָאשְׁאֵללְכָל ־ חַרְטֹּםוְאָשַׁףוְכַשְׂדָּֽי ׃

11 וּמִלְּתָא דִֽי ־ מַלְכָּהשָׁאֵליַקִּירָהוְאָחֳרָןלָאאִיתַידִּייְחַוִּנַּהּקֳדָםמַלְכָּאלָהֵןאֱלָהִיןדִּימְדָרְהוֹןעִם ־ בִּשְׂרָאלָאאִיתֽוֹהִי ׃

12 כָּל ־ קֳבֵלדְּנָהמַלְכָּאבְּנַסוּקְצַףשַׂגִּיאוַאֲמַרלְהוֹבָדָהלְכֹלחַכִּימֵיבָבֶֽל ׃

13 וְדָתָא נֶפְקַת וְחַכִּֽימַיָּא מִֽתְקַטְּלִין וּבְעוֹ דָּנִיֵּאל וְחַבְרוֹהִי לְהִתְקְטָלָֽה ׃ פ

14 בֵּאדַיִן דָּנִיֵּאל הֲתִיב עֵטָא וּטְעֵם לְאַרְיוֹךְ רַב ־ טַבָּחַיָּאדִּימַלְכָּאדִּינְפַקלְקַטָּלָהלְחַכִּימֵיבָּבֶֽל ׃

15 עָנֵה וְאָמַר לְאַרְיוֹךְ שַׁלִּיטָא דִֽי ־ מַלְכָּאעַל ־ מָהדָתָאמְהַחְצְפָהמִן ־ קֳדָםמַלְכָּאאֱדַיִןמִלְּתָאהוֹדַעאַרְיוֹךְלְדָנִיֵּֽאל ׃

16 וְדָנִיֵּאל עַל וּבְעָה מִן ־ מַלְכָּאדִּיזְמָןיִנְתֵּן ־ לֵהּוּפִשְׁרָאלְהַֽחֲוָיָהלְמַלְכָּֽא ׃ פ

17 אֱדַיִן דָּֽנִיֵּאל לְבַיְתֵהּ אֲזַל וְלַחֲנַנְיָה מִֽישָׁאֵל וַעֲזַרְיָה חַבְרוֹהִי מִלְּתָא הוֹדַֽע ׃

18 וְרַחֲמִין לְמִבְעֵא מִן ־ קֳדָםאֱלָהּשְׁמַיָּאעַל ־ רָזָהדְּנָהדִּילָאיְהֹֽבְדוּןדָּנִיֵּאלוְחַבְרוֹהִיעִם ־ שְׁאָרחַכִּימֵיבָבֶֽל ׃

19 אֱדַיִן לְדָנִיֵּאל בְּחֶזְוָא דִֽי ־ לֵילְיָארָזָהגֲלִיאֱדַיִןדָּֽנִיֵּאלבָּרִךְלֶאֱלָהּשְׁמַיָּֽא ׃

20 עָנֵה דָֽנִיֵּאל וְאָמַר לֶהֱוֵא שְׁמֵהּ דִּֽי ־ אֱלָהָאמְבָרַךְמִן ־ עָלְמָאוְעַד ־ עָלְמָאדִּיחָכְמְתָאוּגְבוּרְתָאדִּילֵֽהּ ־ הִֽיא ׃

21 וְהוּא מְהַשְׁנֵא עִדָּנַיָּא וְזִמְנַיָּא מְהַעְדֵּה מַלְכִין וּמְהָקֵים מַלְכִין יָהֵב חָכְמְתָא לְחַכִּימִין וּמַנְדְּעָא לְיָדְעֵי בִינָֽה ׃

22 הוּא גָּלֵא עַמִּיקָתָא וּמְסַתְּרָתָא יָדַע מָה בַחֲשׁוֹכָא ונהירא עִמֵּהּ שְׁרֵֽא ׃

23 לָךְ ׀ אֱלָהּאֲבָהָתִימְהוֹדֵאוּמְשַׁבַּחאֲנָהדִּיחָכְמְתָאוּגְבוּרְתָאיְהַבְתְּלִיוּכְעַןהֽוֹדַעְתַּנִידִּֽי ־ בְעֵינָאמִנָּךְדִּֽי ־ מִלַּתמַלְכָּאהוֹדַעְתֶּֽנָא ׃

24 כָּל ־ קֳבֵלדְּנָהדָּֽנִיֵּאלעַלעַל ־ אַרְיוֹךְדִּימַנִּימַלְכָּאלְהוֹבָדָהלְחַכִּימֵיבָבֶלאֲזַל ׀ וְכֵןאֲמַר ־ לֵהּלְחַכִּימֵיבָבֶלאַל ־ תְּהוֹבֵדהַעֵלְנִיקֳדָםמַלְכָּאוּפִשְׁרָאלְמַלְכָּאאֲחַוֵּֽא ׃ ס

25 אֱדַיִן אַרְיוֹךְ בְּהִתְבְּהָלָה הַנְעֵל לְדָנִיֵּאל קֳדָם מַלְכָּא וְכֵן אֲמַר ־ לֵהּדִּֽי ־ הַשְׁכַּחַתגְּבַרמִן ־ בְּנֵיגָֽלוּתָאדִּייְהוּדדִּיפִשְׁרָאלְמַלְכָּאיְהוֹדַֽע ׃

26 עָנֵה מַלְכָּא וְאָמַר לְדָנִיֵּאל דִּי שְׁמֵהּ בֵּלְטְשַׁאצַּר האיתיך כָּהֵל לְהוֹדָעֻתַנִי חֶלְמָא דִֽי ־ חֲזֵיתוּפִשְׁרֵֽהּ ׃

27 עָנֵה דָנִיֵּאל קֳדָם מַלְכָּא וְאָמַר רָזָה דִּֽי ־ מַלְכָּאשָׁאֵללָאחַכִּימִיןאָֽשְׁפִיןחַרְטֻמִּיןגָּזְרִיןיָכְלִיןלְהַֽחֲוָיָהלְמַלְכָּֽא ׃

28 בְּרַם אִיתַי אֱלָהּ בִּשְׁמַיָּא גָּלֵא רָזִין וְהוֹדַע לְמַלְכָּא נְבֽוּכַדְנֶצַּר מָה דִּי לֶהֱוֵא בְּאַחֲרִית יוֹמַיָּא חֶלְמָךְ וְחֶזְוֵי רֵאשָׁךְ עַֽל ־ מִשְׁכְּבָךְדְּנָההֽוּא ׃ פ

29 אנתה מַלְכָּא רַעְיוֹנָךְ עַל ־ מִשְׁכְּבָךְסְלִקוּמָהדִּילֶהֱוֵאאַחֲרֵידְנָהוְגָלֵארָזַיָּאהוֹדְעָךְמָה ־ דִילֶהֱוֵֽא ׃

30 וַאֲנָה לָא בְחָכְמָה דִּֽי ־ אִיתַיבִּימִן ־ כָּל ־ חַיַּיָּארָזָאדְנָהגֱּלִילִילָהֵןעַל ־ דִּבְרַתדִּיפִשְׁרָאלְמַלְכָּאיְהוֹדְעוּןוְרַעְיוֹנֵילִבְבָךְתִּנְדַּֽע ׃

31 אנתה מַלְכָּא חָזֵה הֲוַיְתָ וַאֲלוּ צְלֵם חַד שַׂגִּיא צַלְמָא דִּכֵּן רַב וְזִיוֵהּ יַתִּיר קָאֵם לְקָבְלָךְ וְרֵוֵהּ דְּחִֽיל ׃

32 הוּא צַלְמָא רֵאשֵׁהּ דִּֽי ־ דְהַבטָבחֲדוֹהִיוּדְרָעוֹהִידִּיכְסַףמְעוֹהִיוְיַרְכָתֵהּדִּינְחָֽשׁ ׃

33 שָׁקוֹהִי דִּי פַרְזֶל רַגְלוֹהִי מנהון דִּי פַרְזֶל ומנהון דִּי חֲסַֽף ׃

34 חָזֵה הֲוַיְתָ עַד דִּי הִתְגְּזֶרֶת אֶבֶן דִּי ־ לָאבִידַיִןוּמְחָתלְצַלְמָאעַל ־ רַגְלוֹהִידִּיפַרְזְלָאוְחַסְפָּאוְהַדֵּקֶתהִמּֽוֹן ׃

35 בֵּאדַיִן דָּקוּ כַחֲדָה פַּרְזְלָא חַסְפָּא נְחָשָׁא כַּסְפָּא וְדַהֲבָא וַהֲווֹ כְּעוּר מִן ־ אִדְּרֵי ־ קַיִטוּנְשָׂאהִמּוֹןרוּחָאוְכָל ־ אֲתַרלָא ־ הִשְׁתֲּכַחלְהוֹןוְאַבְנָא ׀ דִּֽי ־ מְחָתלְצַלְמָאהֲוָתלְטוּררַבוּמְלָתכָּל ־ אַרְעָֽא ׃

36 דְּנָה חֶלְמָא וּפִשְׁרֵהּ נֵאמַר קֳדָם ־ מַלְכָּֽא ׃

37 אנתה מַלְכָּא מֶלֶךְ מַלְכַיָּא דִּי אֱלָהּ שְׁמַיָּא מַלְכוּתָא חִסְנָא וְתָקְפָּא וִֽיקָרָא יְהַב ־ לָֽךְ ׃

38 וּבְכָל ־ דִּידאריןבְּֽנֵי ־ אֲנָשָׁאחֵיוַתבָּרָאוְעוֹף ־ שְׁמַיָּאיְהַבבִּידָךְוְהַשְׁלְטָךְבְּכָלְּהוֹןאנתה ־ הוּארֵאשָׁהדִּידַהֲבָֽא ׃

39 וּבָתְרָךְ תְּקוּם מַלְכוּ אָחֳרִי אֲרַעא מִנָּךְ וּמַלְכוּ תליתיא אָחֳרִי דִּי נְחָשָׁא דִּי תִשְׁלַט בְּכָל ־ אַרְעָֽא ׃

40 וּמַלְכוּ רביעיה תֶּהֱוֵא תַקִּיפָה כְּפַרְזְלָא כָּל ־ קֳבֵלדִּיפַרְזְלָאמְהַדֵּקוְחָשֵׁלכֹּלָּאוּֽכְפַרְזְלָאדִּֽי ־ מְרָעַעכָּל ־ אִלֵּיןתַּדִּקוְתֵרֹֽעַ ׃

41 וְדִֽי ־ חֲזַיְתָהרַגְלַיָּאוְאֶצְבְּעָתָאמנהוןחֲסַףדִּֽי ־ פֶחָרומנהוןפַּרְזֶלמַלְכוּפְלִיגָהתֶּהֱוֵהוּמִן ־ נִצְבְּתָאדִיפַרְזְלָאלֶֽהֱוֵא ־ בַהּכָּל ־ קֳבֵלדִּיחֲזַיְתָהפַּרְזְלָאמְעָרַבבַּחֲסַףטִינָֽא ׃

42 וְאֶצְבְּעָת רַגְלַיָּא מנהון פַּרְזֶל ומנהון חֲסַף מִן ־ קְצָתמַלְכוּתָאתֶּהֱוֵהתַקִּיפָהוּמִנַּהּתֶּהֱוֵהתְבִירָֽה ׃

43 די חֲזַיְתָ פַּרְזְלָא מְעָרַב בַּחֲסַף טִינָא מִתְעָרְבִין לֶהֱוֺן בִּזְרַע אֲנָשָׁא וְלָֽא ־ לֶהֱוֺןדָּבְקִיןדְּנָהעִם ־ דְּנָההֵֽא ־ כְדִיפַרְזְלָאלָאמִתְעָרַבעִם ־ חַסְפָּֽא ׃

44 וּֽבְיוֹמֵיהוֹן דִּי מַלְכַיָּא אִנּוּן יְקִים אֱלָהּ שְׁמַיָּא מַלְכוּ דִּי לְעָלְמִין לָא תִתְחַבַּל וּמַלְכוּתָה לְעַם אָחֳרָן לָא תִשְׁתְּבִק תַּדִּק וְתָסֵיף כָּל ־ אִלֵּיןמַלְכְוָתָאוְהִיאתְּקוּםלְעָלְמַיָּֽא ׃

45 כָּל ־ קֳבֵלדִּֽי ־ חֲזַיְתָדִּימִטּוּרָאאִתְגְּזֶרֶתאֶבֶןדִּי ־ לָאבִידַיִןוְהַדֶּקֶתפַּרְזְלָאנְחָשָׁאחַסְפָּאכַּסְפָּאוְדַהֲבָאאֱלָהּרַבהוֹדַעלְמַלְכָּאמָהדִּילֶהֱוֵאאַחֲרֵידְנָהוְיַצִּיבחֶלְמָאוּמְהֵימַןפִּשְׁרֵֽהּ ׃ פ

46 בֵּאדַיִן מַלְכָּא נְבֽוּכַדְנֶצַּר נְפַל עַל ־ אַנְפּוֹהִיוּלְדָנִיֵּאלסְגִדוּמִנְחָהוְנִיחֹחִיןאֲמַרלְנַסָּכָהלֵֽהּ ׃

47 עָנֵה מַלְכָּא לְדָנִיֵּאל וְאָמַר מִן ־ קְשֹׁטדִּיאֱלָהֲכוֹןהוּאאֱלָהּאֱלָהִיןוּמָרֵאמַלְכִיןוְגָלֵהרָזִיןדִּייְכֵלְתָּלְמִגְלֵארָזָהדְנָֽה ׃

48 אֱדַיִן מַלְכָּא לְדָנִיֵּאל רַבִּי וּמַתְּנָן רַבְרְבָן שַׂגִּיאָן יְהַב ־ לֵהּוְהַשְׁלְטֵהּעַלכָּל ־ מְדִינַתבָּבֶלוְרַב ־ סִגְנִיןעַלכָּל ־ חַכִּימֵיבָבֶֽל ׃

49 וְדָנִיֵּאל בְּעָא מִן ־ מַלְכָּאוּמַנִּיעַלעֲבִֽידְתָּאדִּימְדִינַתבָּבֶללְשַׁדְרַךְמֵישַׁךְוַעֲבֵדנְגוֹוְדָנִיֵּאלבִּתְרַעמַלְכָּֽא ׃ פ