1 Foi nessa altura que se levantou um grande clamor de protesto entre o povo, homens e mulheres, contra certos judeus ricos que os exploravam.
2 O que acontecia era que famílias a quem faltava o dinheiro para comer tinham que vender os filhos, ou empenhar os campos, as vinhas ou as casas a esses ricos;
4 e alguns até nem isso podiam fazer, pois que tinham já dado tudo o que possuíam para poder pagar os impostos ao rei.
5 Somos irmãos, ao fim e ao cabo, e os filhos deles são iguais aos nossos!, protestava o povo. Porque é que havíamos de ter de vender os nossos filhos para a escravidão para conseguir dinheiro para viver. Vendemos já algumas das nossas filhas e não arranjamos dinheiro para as redimir, pois as propriedades que tínhamos já lhe foram empenhadas.
6 Fiquei muito zangado ao saber de tal coisa; por isso, depois de reflectir, resolvi fazer uma importante advertência a esses ricos funcionários governamentais: Que é isso que andam a fazer? Como ousam vocês tomar penhor para ajudar um israelita? Organizei mesmo um debate público para se julgar sobre essa questão.
8 Nessa discussão pública disse-lhes com veemência: Muitos de nós estamos a fazer tudo o que é possível para ajudar os nossos irmãos judeus que regressaram do exílio, onde eram escravos lá numa terra distante; agora vocês estão a forçá-los a tornarem-se escravos de novo. Quantas vezes será então preciso resgatá-los? Os acusados não tinham naturalmente nada a dizer em sua defesa.
9 E continuei a dirigir-me a eles: O que estão a fazer é mau. Não deveriam vocês viver no temor do nosso Deus? Não temos nós já bastantes inimigos entre as nações que nos rodeiam e que tentam destruir-nos? Muitos de nós estão mesmo a emprestar dinheiro e cereais aos nossos irmãos, sem cobrar juro. Peço-vos que parem com esses negócios de usura. Devolvam-lhes os campos, as vinhas, os olivedos e as casas hoje mesmo e desistam das vossas exigências.
12 Eles concordaram com a minha proposta e disseram que estavam de acordo em ajudar os seus irmãos sem lhes pedir as terras em penhor, e sem os obrigar a vender os filhos. Convoquei então os sacerdotes e fiz que esses homens prometessem solenemente que manteriam a sua promessa.
13 Sacudi também o meu manto e disse: Assim sacuda Deus para fora da sua casa e do seu serviço todo aquele que não cumprir esta promessa; que assim seja sacudido e despojado do que tem.Todo o povo exclamou: Que assim seja, e louvaram ao Senhor. O povo cumpriu a sua palavra.
14 Gostaria ainda de dizer que durante os doze anos em que fui governador de Judá - desde o ano vinte até ao ano trinta e dois do reinado de Artaxerxes - tanto eu como os meus ajudantes não aceitámos salário nem outra espécie de gratificação do povo de Israel.
15 Isto contrastou patentemente com a actuação dos governadores anteriores que exigiam comida e vinho e ainda quinhentos gramas de prata diários, e que mantinham a população à mercê dos seus ajudantes que os tiranizavam. Mas eu obedeci a Deus e não seria capaz de agir de tal maneira.
16 Eu próprio trabalhei na reconstrução da muralha e nunca aceitei benefícios de terras. Quis mesmo que os meus ajudantes também trabalhassem na obra da recuperação dos muros.
17 Além disso sentava à minha mesa cento e cinquenta funcionários judeus, além dos visitantes de outras terras, que sempre os havia! Para tal eram precisos, para cada dia, provisões consistindo num boi, seis cordeiros gordos e um grande número de aves domésticas; precisávamos ainda de um grande fornecimento de várias espécies de vinho todos os dez dias. Recusei sempre fazer qualquer exigência a este povo, porque estavam a atravessar um duro tempo de crise.
19 Lembra-te de mim, ó meu Deus,e de tudo quanto fiz por este povo!
1 Mutta rahvas ja heidän vaimonsa nostivat suuren huudon juutalaisia veljiänsä vastaan.
6 Kun minä kuulin heidän valituksensa ja nämä puheet, vihastuin minä kovin.
10 Myöskin minä, minun veljeni ja palvelijani olemme lainanneet heille rahaa ja viljaa; luopukaamme tästä saatavasta.
14 Myöskään en minä eivätkä veljeni siitä päivästä asti, jona minut määrättiin olemaan heidän käskynhaltijanaan Juudan maassa, siis kuningas Artahsastan kahdennestakymmenennestä hallitusvuodesta aina hänen kolmanteenkymmenenteen toiseen hallitusvuoteensa saakka, eli kahtenatoista vuotena, syöneet käskynhaltijalle tulevaa ruokaa.
15 Sillä aikaisemmat käskynhaltijat, jotka olivat olleet ennen minua, olivat rasittaneet kansaa ja ottaneet siltä leipää ja viiniä sekä vielä neljäkymmentä hopeasekeliä. Myöskin heidän palvelijansa olivat sortaneet kansaa. Mutta minä en tehnyt niin, sillä minä pelkäsin Jumalaa.
16 Myöskin kävin minä itse käsiksi tämän muurin tekoon. Ja me emme ostaneet mitään peltoa. Ja kaikki minun palvelijani olivat kokoontuneet sinne työhön.
17 Myös sata viisikymmentä miestä, juutalaisia ja esimiehiä, söi minun pöydässäni sekä ne, jotka ympärillämme olevista pakanakansoista tulivat meidän luoksemme.
18 Ja mitä päivittäin valmistettiin ruuaksi, nimittäin härkä ja kuusi valiolammasta sekä lintuja, se valmistettiin minun kustannuksellani; ja joka kymmenes päivä hankittiin kaikenlaisia viinejä viljalti. Mutta siitä huolimatta minä en vaatinut itselleni käskynhaltijalle tulevaa ruokaa, koska työ painoi raskaasti tätä kansaa.
19 Muista, Jumalani, minun hyväkseni kaikki, mitä minä olen tehnyt tämän kansan puolesta.