2 Publica a tua sentença a meu favor; dá-me razão, Senhor.

3 Tu me puseste à prova,até durante a noite me tens examinado, e não tens encontrado nada de falso: digo realmente aquilo que penso.

4 Tenho seguido as tuas palavras e tenho-me guardado de andar com homens cruéis, violentos.

5 Dirige os meus passos nos teus caminhospara que nunca vacile.

7 Mostra-me as maravilhas do teu amor. Tu livras os que confiam em tidaqueles que são teus inimigose que se revoltam contra ti.

8 Guarda-me como se eu fosse a menina do teu olho. Esconde-me à sombra das tuas asas,dos homens maus que me oprimem,

9 dos meus adversáriosque andam à minha volta para me matarem.

10 Andam inchados de orgulho. Só sabem falar com altivez.

11 Espiam os meus passos, observam-me cuidadosamentepara, assim que puderem, me lançarem ao chão.

12 São como leões, desejosos de se lançarem sobre a presa, e como os leõezinhos, que se escondem, mas para esperarem a sua oportunidade.

13 Senhor, levanta-te e fá-los parar. Livra a minha alma por meio da tua espada,dessa gente perversa.

14 Salva-me desta gente mundana, cujos interesses estão só nos lucros desta vida. Tu podes encher de bens materiais aqueles que amas,e fartar-lhes os filhos, e os filhos dos seus filhos.

15 Mas quanto a mim, a minha satisfaçãoestá em praticar a justiça, na tua presença. E quando acordar,ter a alegria de me satisfazer com a tua semelhança!

Davi pede a Deus que o proteja contra os seus inimigos e confia na sua inocência e na justiça de Deus
Oração de Davi

1 Ouve, Senhor, a justiça e atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não é feita com lábios enganosos. 2 Saia a minha sentença de diante do teu rosto; atendam os teus olhos à razão.

3 Provaste o meu coração; visitaste-me de noite; examinaste-me e nada achaste; o que pensei, a minha boca não transgredirá. 4 Quanto ao trato dos homens, pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor. 5 Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem.

6 Eu te invoquei, ó Deus, pois me queres ouvir; inclina para mim os teus ouvidos e escuta as minhas palavras. 7 Faze maravilhosas as tuas beneficências, tu que livras aqueles que em ti confiam dos que se levantam contra a tua destra. 8 Guarda-me como à menina do olho, esconde-me à sombra das tuas asas, 9 dos ímpios que me oprimem, dos meus inimigos mortais que me andam cercando.

10 Na sua gordura se encerram e com a boca falam soberbamente. 11 Andam-nos agora espiando os nossos passos; e fixam os seus olhos em nós para nos derribarem por terra; 12 parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua presa e com o leãozinho que se põe em esconderijos.

13 Levanta-te, Senhor! Detém-no, derriba-o, livra a minha alma do ímpio, pela tua espada; 14 dos homens, com a tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida e cujo ventre enches do teu tesouro oculto; seus filhos estão fartos, e estes dão os seus sobejos às suas crianças.

15 Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.